Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre Moraes, negou liminar e mantém inelegível o candidato a governador de Sergipe pelo PL, Valmir de Francisquinho (PL). Mas não foi o fim da novela e nem será. Uma nota de esclarecimento, assinada por Francisquinho e seu comitê, decretam: “candidato Valmir de Francisquinho continuará praticando todos os atos de campanha previamente agendados”. E mais: a “referida decisão em nada altera o pedido de registro de candidatura ao Governo do Estado de Sergipe e à estratégia jurídica anteriormente adotada”. Dessa forma, o Valmir vai continua indo às ruas, conquistando eleitores e participando de todos os direitos que cabem a um cidadão que está na disputa eleitoral.
Pessoas que têm conhecimento dessa sua atuação, o consideram “muito macho” e até vê suas atitudes como corajosas. Esse mi-mi-mi pode até gerar adesões, em razão da insistência do candidato, em buscar a fundo o seu direito de concorrer o mandato. Alguns advogados, que antes viam essa pendenga com dúvida em relação ao seu final, já preferem silenciar. Um deles chegou a dizer que houve equívoco jurídico na apresentação da liminar. Já os meios políticos vê Francisquinho como um abnegado e que essa luta para manter a candidatura o fortalece junto ao eleitorado. Um deputado estadual avaliou, ontem, que “com certeza, Francisquinho estará no mínimo no segundo turno, caso mantenha-se candidato, através da decisão popular, que passou a admirá-lo.”
A verdade é que há uma preocupação do marketing dos demais candidatos: “se Valmir não puder disputar, que caminho devem seguir os seus eleitores”? É um fato que merece reflexão. Francisquinho é do PL, partido que dá apoio ao presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, e há necessidade de avaliar o que está na cabeça dos seus eleitores no momento da transição, porque se percebe uma diversidade em quem está com ele, mesmo que a tendência seja acompanhar o atual chefe de Governo Federal. Mas se percebe que, apesar de estar no PL, o bloco que o segue, em sua grande maioria, não se excede em fanatismo, não revela idolatria e demonstra interesse maior em conquistar o mandato que disputa.
Há uma estratégia a pensar exatamente para conquistar aqueles que não puderam realizar o sonho de elegerem o seu candidato.
Posição do eleitorado
Deputado estadual, candidato à reeleição, ainda não sente euforia do eleitorado em relação a nomes para o Governo, embora “faça festa quando algum deles visita as cidades”.
*** Reconheceu que Valmir de Francisquinho, diante de sua popularidade, complica a disputa caso sua candidatura passe no TSE.
*** Admite que o difícil seja saber qual o destino do eleitorado de Valmir e sugeriu: “é bom ter cuidado com as articulações políticas de Alessandro Vieira (PSDB).”
Buzinaços e acenos
Domingo, no final da tarde, Francisquinho e Emília Correa deram uma parada na avenida Beira Mar, com o seu grupo, e ficaram acenando para os veículos que passavam.
*** Surtiu efeito: foi um buzinaço, com mãos acenando e, quem não apitou, usou os faróis dos carros para sinalizar participação.
Valmir e Fábio
O candidato a governador pelo PL, Valmir de Francisquinho, procurou o candidato do PSD ao Governo, Fábio Mitidieri, na sexta-feira passa, para uma conversa que não vazou.
*** Pela manhã, quem procurou Fábio nos estúdios da WG, foi o blogueiro Gordinho do Povo, que tem vínculos com Valmir e “bate” em Fábio.
*** No mesmo dia, à tarde, Valmir e Fábio se encontraram para a conversa.
Fundo partidário
O Fundo Eleitoral tem sido motivo de conflito dentro dos partidos, tanto para chapas de deputados estaduais e federais.
*** Segundo desabafo de um deputado federal, todos os candidatos imaginavam que os Fundos Eleitoral e Partidário iriam inundá-los de recursos para a campanha.
*** Denunciou que o Fundo Eleitoral está indo para poucos, principalmente para aqueles que integram as cúpulas partidárias.
Denúncia do Fundo
Exibindo documentação, um pré-candidato denunciou que um candidato a estadual recebeu R$ 600 mil como parte de acordo para ele deixar sua velha legenda e migrar para uma outra sigla.
*** Um outro candidato a estadual do mesmo partido não havia recebido nada e o nome que disputa o Governo apenas R$ 200 mil. Os candidatos que não receberam estariam “uma arara”.
Não procede a notícia
O candidato a estadual que não teria recebido, disse que o pagamento de R$ 600 mil não era verdade. E explicou que os que vão à reeleição, os valores são definidos direto para ele pela Direção Nacional.
*** Os demais candidatos recebem do Diretório Estadual, que é enviado pelo Nacional: “mas eu já recebi e ontem fui ver e já tinha sido creditado”.
Laércio e campanha
Na avaliação de aliados do candidato ao Senado pelo PP, Laércio Oliveira está crescendo nos municípios por onde anda.
*** A questão ainda é Aracaju – segundo a mesma fonte – “que Laércio ainda não conseguiu chegar ao mesmo nível de chances que as cidades do interior”.
Combate ao machismo
Fábio Mitidieri (PSD), candidato a governador, diz que “estamos no mês do Agosto Lilás (embora no final), de combate à violência contra a mulher”.
*** – Acompanhamos, mais uma vez, uma declaração misógina do presidente Bolsonaro durante debate de candidatos. Precisamos combater o machismo em todas as esferas sociais, disse.
“Empresa Amiga”
Mitidieri diz que no seu plano de Governo, “vamos trabalhar pela inclusão das mulheres no mercado de trabalho, queremos sergipanas ativas, produtivas”.
*** – Além do ‘Empresa Amiga’, pretendo estimular o empreendedorismo feminino por meio do Banese e de capacitações, disse.
Rogério na Adepol
Rogério Carvalho, candidato a governador pelo PT, disse ontem a delegados, na Adepol: “sei que há nove anos os delegados estão tendo dificuldade de recomposição salarial”.
*** – Por isso vamos ter que abrir esse debate. É óbvio que existem dificuldades, mas precisamos estreitar o diálogo sobre a valorização da categoria!
Orgulho imenso
Alessandro Vieira, candidato a governador pelo PSDB, relator o “orgulho imenso de ter a Simone Tebet como amiga, colega de trabalho no Senado e, principalmente, como minha candidata à presidência da República”!
*** – Mulher séria, qualificada e corajosa. Está prestando um extraordinário serviço para a democracia brasileira, considerou Alessandro.
Adelson em campanha
Candidato a deputado estadual, Adelson Barreto disse que iria levar o povo de volta ao “mandato mais popular da história política de Sergipe”.
*** – No domingo, percorremos prazerosamente a zona norte da capital, para levar nossa mensagem e apelo ao povo de Sergipe, lembrando que precisa de apoio, “para esse trabalho sobreviver, salvando vidas”.
Giro pelas redes sociais
Andréia Sadi – Bolsonaro, ao se irritar com a pergunta jornalística de Vera Magalhães sobre vacinas ataca e claro o alvo é mulher.
Blog do Noblat – Ciro Gomes questiona saúde de Lula após debate na Band: “Será que não entendem que Lula está cada dia mais fraco – fisicamente, psicologicamente e teoricamente – para enfrentar a direita sanguinária?”
De Maria – Nem o STF teve peito pra anular s provas da roubalheira petista. Tiveram que achar outro jeito pra livrar o meliante.
Sérgio Moro – Lula não tem condições morais de participar de um debate sobre corrupção. Ou ele mente ou ele foge das perguntas.
Carolina Brígido – Gente, sério que nenhum candidato vai defender a jornalista Vera Magalhães depois dessa fala do presidente Bolsonaro?
Mônica do Bolle – Vera Magalhães conseguiu o que nenhum outro ou outra foi capaz: Desnudou o Horror, fazendo-o promover um espetáculo degradante de misoginia.
O Antagonista – Segundo o Datafolha, indecisos avaliaram que Jair Bolsonaro foi o grande derrotado do debate; ataques a Lula podem ter efeito limitado ou inverso.
Mario Sabino – No debate, Lula mentiu mais uma vez quando disse que foi inocentado pela Justiça. Ele foi condenado por sucessivos tribunais e o STF anulou os processos sem entrar no mérito.