Aracaju, 28 de abril de 2024
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Fundo provocará grande confusão

Diógenes Brayner brayner@faxaju.com.br

Pelo menos quatro presidentes de partidos políticos em Sergipe admitem que candidatos a vereador, principalmente os que têm pouca chance de elegerem-se, vão abandonar as candidaturas ou deixarão de apoiar majoritários indicados pela legenda. Além disso, tendem a sair brigados com a cúpula partidária. Tudo em razão do Fundo Eleitoral que será depositado em contas das siglas em todos os Estados e repassados àqueles que estão na disputa às Câmaras de Vereadores e Prefeituras Municipais.

Amanhã alguns candidatos a vereador de Aracaju, inclusive que tentam a reeleição, estão preparando um movimento para cobrar divisão igual do Fundo para todos, sem que favoreça àqueles que são vistos com eleição garantida. O presidente de um partido em Sergipe diz que o tumulto já começou, porque “todo mundo vai à direção estadual da legenda já perguntando pelo teto”. Quer receber o máximo, mesmo que não tenha a menor chance de alcançar seu objetivo final, que é ganhar o mandato. E o teto não é baixo: R$ 186 mil estipulado para cada um dos candidatos.

Em uma operação simples, uma partido de bom calibre que tenha 36 candidatos e topar pagar o teto a todos, vai gastar um pouco mais de R$ 7 milhões. Será impossível isso, mas quem tenta o mandato acha que tem direito. Uma guerra! Acontece que Estados como Sergipe não vão receber de Fundo Eleitoral o mesmo que será enviado a Rio, São Paulo, Minas e outros de igual força política nas decisões nacionais. Todos admitem que as legendas tenham olhar diferentes para os candidatos que têm força eleitoral e podem se eleger, daqueles que vão apenas ajudar a sigla a ter o percentual para fazer o primeiro vereador.

Além disso há mais um embaraço: ficou definido que o Fundo será dividido entre pretos e pardos (35%), mulheres (35%) e brancos (30%) e que estejam assim registrado nos TREs. Como o Fundo será depositado em duas parcelas, a segunda só será paga com a comprovação dos gastos da primeira. Em Sergipe, por exemplo, um dos presidentes estaduais disse que não se pode passar recursos do mesmo valor para um candidato em Aracaju e outro na cidade de Telha, por exemplo. Claro que a distribuição dos recursos para campanha serão proporcionais às condições eleitorais de cada um, mesmo que haja uma rebelião capaz de tumultuar o processo.

Segundo o presidente de uma sigla de pequeno porte em Aracaju, nem mesmo os que já estejam praticamente eleitos ou reeleitos deverão receber o teto e informou que antes do pagamento ser efetuado, já definiu que uma parte será paga em impressos publicitários e uma ajuda para gastos com combustíveis e outras necessidades, que chega a R$ 15 mil. Entretanto, dois ou três candidatos que têm condições reais de eleger-se receberão uma fatura bem maior, para sustentar o montante do eleitorado que avalia ter. E assim será com todas as outras legendas, algumas inclusive sem condições de transferir grana para quem tenta uma vaga na Câmara Municipal.

Provavelmente até quarta-feira vai acontecer o inesperado: desistências, desobediência às chapas majoritárias da composição, briga com os presidentes e até afastamento do partido. É o que se tem absoluta certeza do que pode acontecer…

Sobre o coronavirus

O Fantástico de domingo, na Rede Globo, divulgou que Sergipe havia retornado ao vermelho para expansão do Coronavirus, mesmo com o registro de quatro mortes.

*** Ontem, nas ruas de Aracaju, foi o comentário e até se fez pergunta sobre o retorno ao fechamento de alguns segmentos que estão abertos naturalmente.

Secom dá explicação

A Secom do Estado diz que não há sinais de retorno do vírus e explicou que em Sergipe os óbitos estão estáveis, com média de mortes entre 4 a 6 por dia.

*** Explica que se a média é de 4 óbitos e passa para seis, há um aumento de 50% e  acrescentou que quando o número fica muito baixo, qualquer variação percentual provoca grande proporção.

*** Segundo a Secom, o índice vinha caindo nas últimas três semanas e se estabilizou nesse patamar entre 4 e 6. “Então, quando o número é pequeno não se deve trabalhar com percentual”, disse.

Campanha eleitoral

A maioria dos candidatos a prefeito e a vereador, na capital e interior, não está obedecendo aos protocolos do OMS para evitar a expansão do coronavírus.

*** Os candidatos usam máscaras, mas cumprimentam, abraçam e beijam eleitores, além de apertos de mão sem qualquer receio de transmitir ou se infectar. Uma informação: pelo menos dois candidatos já foram infectado e estão imunes.

*** Carreatas ocorridas ontem nas cidades de Socorro e São Cristóvão mostraram que há total irresponsabilidade em relação aos protocolos rccomendados.

Fundo de campanha

Circula a informação nos bastidores da política que amanha haverá reação de candidatos a vereador, sobre a liberação do Fundo Eleitoral.

*** Ainda não houve depósito, mas a informação que circula é que a verba a ser liberada não será distribuída em partes iguais para todos.

*** Segundo um vereador, está havendo preferências, através dos comandos dos partidos, por aliados mais próximos e que tenham chances reais de elegerm-se ou reelegerem-se.

Time está unido

O candidato a prefeito por Aracaju, Rodrigo Valadares (PTB), avisou que isso não existe em sua composição e que o “time está mais unido que nunca”.

*** – O que na verdade está ocorrendo é que candidatos a vereador de outras coligações estão querendo vir nos apoiar. O time aqui só faz crescer! Comemorou.

*** Acrescentou que “em nossa coligação está tudo ok. A distribuição do fundo se dará de maneira normal, tal qual fizemos em 2018, sem problema algum”.

Parodiar comerciais

Setores do PT divulgaram ontem que “o marketing de Edvaldo Nogueira produziu uma peça que é uma releitura de uma propaganda da Bombril na tentativa de trazer irreverência à disputa”.

*** – Mas a ideia de parodiar comerciais famosos foi o ineditismo da campanha de 2018 do senador Rogério Carvalho. E acabou sendo uma proposta decisiva para sua vitória.

Seria um tiro no pé

Segundo ainda a informação petista “o tiro no pé ao imitar esse formato de propaganda eleitoral reforça a ideia de que o PT faz e o Edvaldo tenta fazer igual ao PT mas não consegue.

*** O pior é que o final da propaganda do senador Rogério Carvalho tem a mensagem: ‘recuse imitações’. E sugere: “É preciso ter mais criatividade”!

João está otimista

O presidente regional do PT, deputado federal João Daniel, acha as campanhas do partido nos municípios muito boas e começam a pegar um pique alto.

*** Para ele, em Aracaju a campanha de Márcio começa a se fortalecer, mas precisa crescer mais. Acha que Márcio vai para o segundo turno com Edvaldo, a não ser que a delegada Danielle Garcia (Cidadania) melhore.

*** Apenas uma observação: “como seria um debate no segundo turno entre Edvaldo e Márcio”?

Marcos e projeto

Candidato a vereador, Marcos Aurélio (PDT) tem levantado a bandeira do Projeto Aracaju, que pretende levar às escolas públicas municipais núcleos de inteligência emocional, educação financeira e empreendedorismo.

***Marcos também quer implantar linha de crédito “de até R$ 5 mil para que as pessoas iniciem um negócio próprio, após capacitação gratuita, através de crédito orientado”.

Avaliação de Belivaldo

Em avaliações feitas sobre candidaturas a prefeito em cidades do interior, o Governo Belivaldo tem sido bem avaliado pelo trabalho realizado no combate ao Covid.

***  O governador demonstrou preocupação e elaborou projeto, junto com médicos e cientistas, que conteve a expansão do corona no Estado.

De vento em popa

Candidato do Avante à Prefeitura de Aracaju, Lúcio Flávio, está animado com sua campanha. Diz que ela vai de “ vento em popa”. Sobre o resultado final do pleito ele não gagueja: “claro que ganharemos!”

*** Segundo Lúcio, a receptividade à sua candidatura é “total e voluntária” e que as pessoas estão se “somando gratuitamente, no sentimento de mudança e apoiamento aos valores de Bolsonaro, que representamos”.

*** Explicou que a Aliança pelo Brasil ainda não é partido, “mas temos tido boas e produtivas conversas. Nosso propósito é o mesmo”.

Uma boa conversa

Uma briga feia – Circulou nas redes, domingo, uma briga feia entre a vice-prefeita de Capela e a prefeita Silvany, que estava em casa no momento que a carreata passava.

Gestos com dedos – A vice-prefeita é ligada ao ex-prefeito Sukita e, enquanto ela falava, de casa Silvany fazia gestos esfregando o polegar ao indicar, sugerindo alguma coisa por dinheiro.

Gasolina paga – Na maioria das cidades os carros que vai a carreatas por ruas da cidade, não gastam com combustível. O candidato que paga parte.

Gerson Camaroti – Com guisado de bode no cardápio, Maia diz em jantar com Guedes que é preciso cortar ‘no músculo’.

Voto a Fabiano – Ex-governador Albano Franco faz vídeo e pede votos para seu candidato a vereador, Fabiano Oliveira, lembrando sua participação no turismo em Aracaju.

Dora Candidata – Dora, ex-gerente do Banese, e que fez trabalhos voluntários no Cirurgia e Huse, é uma das candidata a vereadora na cidade de Frei Paulo.

Estuda sobrevida – A notícia é da coluna Radar, de Veja: Ministério da Economia já discute sobrevida ao auxílio emergencial.

Brasil 247 – “Terroristas”: em resposta a Bolsonaro, MST ressalta que já doou mais de 3,4 mil toneladas de alimentos na pandemia.

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