Aracaju, 28 de maio de 2024
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Jackson e posição na base

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) jamais negou que votaria em Lula, caso ele disputasse à Presidência este ano. Inclusive quando ele estava preso. Jackson esteve presente na manifestação ‘Lula Livre’, em Curitiba, e fez até discurso. Sua posição à esquerda sempre foi sua marca ideológica, embora tenha cometido rápidos desvios no decorrer da sua história política. Mas o fato de sua posição favorável ao ex-presidente e hoje candidato de volta ao Planalto, jamais era de desconhecimento de ninguém, porque ele sempre deixou isso muito claro, inclusive quando não tinha o PT a seu favor.

A posição de Lula da Silva no cenário atual, onde aparece liderando todas as pesquisas, mexeu com o ego de JB. Meio apático e triste, Jackson resolveu passar um período sem fazer política (três meses). Não atendia a telefonemas e nem conversava com aliados. Dizia-se candidato a deputado federal e chegou a falar em trocar de partido. Iria para o PSD. Há 30 dias Jackson voltou às suas atividades, participou da primeira reunião da base aliada, já se colocou mais ativo e à busca de espaço em uma cúpula que ele sempre participou. Quinta-feira (03), JB disse a esta coluna “que a sua candidatura a senador está decidida: ‘esse é o grande momento de quem tem um projeto, um momento certo para avaliação do grupo de recuperação do Brasil’”.

Também para Plenário, no mesmo dia, Jackson Barreto disse que “não passa por um julgamento sua candidatura e que está esperando” uma decisão final. Até a semana passada ele não demonstrava que pretendia influenciar em qualquer definição, mas ontem deu sinais de que a Base Aliada pode não ser mais a sua opção, principalmente quando disse a Narciso Machado, que era desconfortável ficar em um bloco político ao lado de bolsonaristas. Sabe-se que o próprio MDB tem bolsonaristas e filiados que jamais votarão em Lula. Como ele deve assumir a Presidência da sigla, não deve ficar bem ao lado de quem não vota em seu mito.

Jackson estaria, inclusive, sondando a transferência para outros partidos, como é o caso do PSB, onde encontra algumas barreiras. Para o PT ele não vai, inclusive para não formar chapa puro sangue em caso de ser o candidato ao Senado pela legenda. Agora, com a permanência e comando do MDB a possibilidade é que, se não for escolhido para disputar o Senado e sentir a presença de bolsonarista muito próxima, lance candidatura avulsa ao Senado, mas sem assumir compromisso de que todos os aliados o acompanham e votam em Lula.

Alguns não darão voto ao ex-presidente e nem saem da base aliada, o que cria um clima de grande confusão. É esperar para ver as consequências…

Vai assumir o MDB

Jackson Barreto acha que está na hora de assumir o MDB em Sergipe, para ter definição de um projeto: “as coisas ficam muito complicadas quando não se tem uma legenda”.

*** Jackson acrescentou que conversou com o deputado federal Fábio Reis “e ele, em determinado momento, pensava em nos entregar o partido”.

*** – Aliás, eu estava pensando nisso e até conversei com Benedito Figueiredo e Luciano Bispo. Então há possibilidade de assumir o comando do MDB, mas não sei se já mudaram de opinião.

Fica desconfortável

Jackson Barreto avisou que “para mim é desconfortável está num agrupamento político com tendências bolsonaristas ao meu lado”.

*** – Não guardo segredo disso, porque esse grupo desde que nasceu e que a gente proclama, tem que colocar isso como forma de vida: “confesso que, pelo menos da minha parte, o nosso palanque não é lugar para bolsonarista”.

Parte do dono da casa

JB acrescenta que “quem tiver suas posições em favor de Bolsonaro tenha, mas não venha transformar o nosso palanque. Sinto-me dono da casa, porque nós ajudamos a construir esse grupo.”

*** – Então não é possível que se convide alguém para sua casa e depois as pessoas venham querer introduzir uma ideologia que nunca pertenceu a nós, disse.

Não tem problema

O deputado federal Fábio Reis disse que, na conversa com Jackson Barreto, na semana passada, comunicou que passaria o MDB ao seu comando e continuaria no partido.

*** – Isso não tem problema. Inclusive já conversei com Sérgio Reis, que está presidindo a legenda, e ele concorda, disse o deputado.

Não sai da base

O deputado federal Fábio Reis disse, entretanto, que não sairá da base aliada e apoia o candidato indicado pelo governador Belivaldo Chagas à sucessão.

*** Fábio diz que seguirá a decisão da Direção Nacional do MDB, em relação ao nome para presidente da República.

*** Jackson Barreto mantém sua candidatura ao Senado, mas que vota em Lula para presidente da República. Não fala em apoiar o candidato da base ao Governo.

Organiza o União

O ex-deputado federal André Moura mantém sua candidatura ao Senado pela Base Aliada e está organizando o partido União Brasil em Sergipe.

*** Segundo André, o União Brasil não tem compromisso com candidatos a presidente da República nos Estados.

*** Segundo ele, uma corrente majoritária do novo partido defende que a legenda fique livre nos Estados para apoiar o nome a presidente que seja o melhor para todos.

Rogério reage

O senador Rogério Carvalho (PT) também criticou o apresentador do Flow Podcast, Monark, que defendeu a liberdade de falas nazistas contra grupos sociais.

*** Segundo Rogério, “o nazismo matou seis milhões de pessoas! Ferir a existência de uma pessoa não é liberdade de expressão”!

Todo mundo perdido

O advogado criminalista Emanuel Cacho está sem partido mas diz que é candidato ao Senado. Vai esperar as chuvas de março. Acha que “está todo mundo perdido e batendo cabeça”.

*** Para ele, “nunca se viu uma situação dessa no Brasil, onde as lideranças locais apitam muito pouco”.

*** Emanuel acha que muitas surpresas ocorrerão até à eleição, em razão de mudanças do estilo político que se pratica no Estado. E admitiu “que tem gente muito esperta jogando para saber onde está o dinheiro e se aliar”.

Gama com Jackson

O ex-prefeito João Augusto Gama tem conversado por telefone com Jackson Barreto e ficou animado dele comandar o MDB em Sergipe.

*** Acha que Jackson Barreto jamais poderia deixar o MDB e com JB na Presidência vai ajudá-lo no que puder, para que o partido se fortaleça no Estado.

Fábio e prefeitos

O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) conversou ontem com 39 prefeitos de Sergipe, na Estácio (Faculdade) para entendimento das necessidades de cada um dos municípios.

*** Nessas conversas, Fábio pode contribuir para o desenvolvimento dentro das prioridades, como saúde, infraestrutura, geração de emprego e renda.

Eduardo fica no PSDB

O presidente regional do PSDB em Sergipe, médico Eduardo Amorim, continua “firme, focado e determinado” em ser candidato ao Senado Federal nas eleições deste ano.

*** Está visitando suas bases, mas reduziu essa atividade em razão do aumento de casos da Covid em Sergipe.

*** Eduardo ainda vai conversar com Geraldo Alckmin, que o convidou para filiar-se ao PSDB, mas se lhe for sugerida a troca de partido, Eduardo vai pensar muito.

Giro pelas redes sociais

Dentro do Armário – Em Itabaiana, prefeito manda vereador sair do armário e cria reação. O estranho é que em Itabaiana ainda existe gente dentro do armário.

Metrópoles – Reinaldo Junior pede reembolso pelos prejuízos causados pela busca à cadela e por danos morais. Animal sumiu no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Élia Ducan – O que é explicitamente ilegal e criminoso, não deve ficar gerando debate, deve ir direto pras consequências legais.

Estadão –Partido Nazista: Monark contraria princípios básicos da Constituição ao defender partido no Brasil. O partido é proibido até na Alemanha.

João Amoedo – A liberdade de expressão não pode, em nenhuma hipótese, ser confundida com discursos de ódio que levem a discriminação, violência, morte e até genocídios.

Thereza Cristina – Privilégio branco é defender a existência do nazismo em uma plataforma com milhões de seguidores, não perder patrocinadores e não sair algemado dali. Tá tudo escancarado, gente.

Igor Gadelha – PSB e PT marcam novo encontro para aparar arestas após troca de farpas entre seus dirigentes.

Fred Navarro – Casamento de conveniência é assim: o noivo fecha os olhos (o PT) e a noiva o nariz (o PSB). Às vezes acaba em divórcio, mas às vezes acaba na porta da igreja.

 

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