Aracaju, 13 de maio de 2024
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Previsões de racha total

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

O governador Belivaldo Chagas (PSB) não está fazendo política nesse momento, apesar das eleições municipais estarem batendo às portas. Claro que a fará intensamente bem mais adiante. Nesse momento, entretanto, prefere cuidar da administração e recuperar o Estado que pegou um tanto quanto afogado em crise. Praticamente morto. A meta do Governo é mostrar outro cenário a partir do próximo ano. Sergipe sobrevive já há anos sem um ajuste que direcione a sua economia, que defina o seu planejamento e trace um projeto definitivo para o desenvolvimento.

Isso não agrada a alguns segmentos políticos. Principalmente àqueles que pensam nas eleições municipais do próximo ano e aproximam com lunetas o pleito de 2022. Esse estilo de cuidar mais da administração, do que entrar em clima de sucessão é um horror para aqueles que esperam, com impaciência, a possibilidade de tentar chegar ao Governo, através de uma nova disputa eleitoral.

Lógico que isso não quer dizer que Belivaldo esteja absolutamente omisso em relação a 2020. Já revelou compromisso com a reeleição de Edvaldo Nogueira (PCdoB) e quando necessário trata sobre isso. Não dá prioridade agora, mas uma de suas metas é segurar o aliado na Prefeitura. Faz discretamente incursões pelo interior e conversa de forma reservada com liderança políticas, inclusive que estiveram adversários em 2018. Apenas como exemplo, o PRB está com um pé na linha de chegada à base aliada, faltando apenas colocar o outro.

Mas há um detalhe. Partidos que integram o Governo não estão se entendendo dentro de suas “entranhas”, digamos assim. O MDB está se reduzindo. Percebe-se claramente que não vai demorar para sua implosão. O ex-governador Jackson Barreto não se mostra satisfeito com os rumos que o partido está tomando. E faz isso de forma clara, porque se mostra arredio a qualquer aproximação com o presidente Bolsonaro. Gostaria que o MDB se mantivesse como frente de esquerda, mas não conseguirá convencer disso os seus novos membros e nem à Direção Nacional.

O Partido dos Trabalhadores está até bem comportado em relação ao Governo. Mostra certa fidelidade aos projetos, mas membros das demais legendas da base desconfiam desse conformismo. O senador Rogério Carvalho e o deputado federal João Daniel têm se mantido fiel aos compromissos políticos assumidos desde quando Marcelo Déda esteve à frente e traçou um projeto de centro esquerda para Sergipe, que se mantém até hoje.

Mas o PT, como é de sua vocação, não é uma legenda dócil, acomodada e de simplesmente balançar a cabeça de acordo para algum entendimento que o sufoca. Daí a divisão em tendências que divergem “até na concordância geral”. O PT silenciou em relação a lançar candidatura a prefeito de Aracaju. Mas é um assunto que ferve nos bastidores do partido e será exposto após o PED, quando se define presidentes Estadual e Nacional.

Atualmente, tem petistas de tendências próximas que se tratam bem, mas não se toleram. É um inferno! E isso pode complicar nos próximos pleitos, o que se dará para definir um posicionamento fragmentado em relação a possíveis candidaturas já em 2020, como em 2022. Tudo isso deve mudar essa tranquilidade, principalmente se o governador Belivaldo Chagas não disputar o Senado Federal [não se prevê isso], e optar por um sucessor que não consiga a unidade do grupo, o que será absolutamente natural.

Como há indícios de que na base aliada vários nomes legitimamente pensam em chegar ao Governo, a perspectiva será de que haja uma divisão drástica, com composições que trazem de volta segmentos da oposição – praticamente mortos – para o centro de uma disputa com consequências imprevisíveis.

Sobre ICMS Social

O governador Belivaldo Chagas apresentou ontem o projeto ICMS Social a prefeitos de Sergipe, com o objetivo de aumentar o repasse aos municípios que vierem a apresentar os melhores resultados nas áreas de Educação e Saúde.

*** O modelo segue ao que fora implantado no Ceará e que hoje gera os melhores índices de Educação pública do País.

Falta gente no pedaço

Um observador político, depois de muitas conversas com várias lideranças, sentiu que as “pessoas estão muito dispersas, sem firmeza nos propósitos”.

*** Disse mais que fica muito triste por ver que a política em Sergipe vem sendo tratada de “forma tão amadora”.

*** E concluiu: “falta um cara como João Alves, Marcelo Deda… Está faltando gente assim no pedaço”.

Assunto do momento

A falta de líderes tem sido assunto em várias conversas entre políticos. Não há um nome que se identifique como “liderança expressiva”, capaz de chegar ao eleitorado do Estado como provável candidato ao Governo.

*** Uma observação: ninguém quer por a cabeça de fora para não se queimar.

*** Antes, a cada fim de eleição, já se tinha certeza de quem poderia ser o candidato ao Governo na próxima.

Sobre manchas no mar

O senador Rogério Carvalho participou de audiência pública ontem, na Comissão do Meio Ambiente, para discutir causas e efeitos relativos às manchas de óleo que contaminam o litoral nordestino.

*** O objettivo foi o gerenciamento de crise e a responsabilização associada.

*** Também participou da audiência pública o presidente da Adema de Sergipe, Gilvan Santos, que não tem medido esforços para reduzir os danos causados ao Estado.

Um saldo positivo

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou ontem saldo positivo para Sergipe na questão do emprego. Houve um salto no setor agrícola e na indústria, cujos índices vinham despencando.

*** O setor de serviços continua sendo o que mais gera emprego no ano. Isso é histórico em Sergipe, já o comércio aponta recuperação com o final de ano.

PSL está em briga

O presidente Jair Bolsonaro ainda tem maioria no PSL, mas a legenda está aos frangalhos. Até a deputada Joice Hassemann botou para quebrar: “respeito os ‘viados’ assumidos”, disse ela no tweeter.

*** E continuou: “Os que se escondem no conservadorismo, fazem pinta de machões escondidos em suas pseudas canetas e ficam mandando indiretas como se fosse ‘machos’, não merecem meu respeito”.

*** E concluiu: “Frouxo é frouxo, não importa o posto que tenha.

Recesso de 30 dias

O deputado Capitão Samuel (PSC) já tem três assinaturas de colegas para apresentar PEC que transforma o recesso parlamentar em apenas 30 dias por anos, como acontece com o período de férias dos trabalhadores.

*** – A sociedade não aguenta mais férias disfarçadas de recesso em qualquer poder ou classe, disse o deputado acrescentando, “entendemos que servirá de base a todos os poderes”. Para entrar com a PEC ele precisa de oito assinaturas.

Exagero da mídia

O deputado estadual Rodrigo Valadares falou sobre os problemas no PSL. Acredita que tudo será resolvido e vê “exagero da mídia nacional”. Sente “que a vontade de todos é o entendimento”.

*** – Não vejo, em conversa com amigos do PSL, essa divisão como a mídia nacional coloca, disse o deputado.

*** Rodrigo Valadares disse que não tem novas informações sobre problemas no PSL e admite que “tudo ainda está muito confuso”.

Economia digital

Rodrigo Valadares participou ontem de almoço com deputados que integram a Frente Parlamentar de Economia Digital. “Foi oportunidade única para debatermos novas oportunidades para o Brasil, face à revolução tecnológica”.

*** A participação do deputado teve como objetivo inserir Sergipe na vanguarda desse movimento. “A revolução econômica do nosso estado será pela tecnologia”, acha.

Henri e a disputa

O advogado Henri Clay disse ontem que até o final do ano define candidatura à Prefeitura de Aracaju. Anima-se pela votação que teve na Capital quando disputou o Senado em 2018.

*** Henri Clay está examinando convites para filiações, “mas, por certo, será um partido com qual tenhamos identidade no projeto político e que nos garanta condições objetivas para fazer a disputa eleitoral com chances reais de vitória”, disse.

O fake sobre o chip

A rádio Capital do Agreste, em Itabaiana, divulgou ontem que o prefeito Valmir de Francisquinho vai criar imposto para aqueles que têm animais de estimação.

*** Razão: um microchip que a Prefeitura vai colocar nesses animais. Para os de rua e da população pobre será de graça.

*** O absurdo de tudo isso é dizer que o chip, colocado uma única vez, custará R$ 10 e vai se transformar em imposto. É o tipo de informação que prejudica o povo e os animais.

Um banho de óleo

O engenheiro Marcos Trindade, especialista em gestão ambiental, está bolando uma campanha publicitária para incentivar o turismo para o Nordeste.

*** Ironiza com a situação da poluição provocada em toda a região. Diz: “Venham todos tomar banho de óleo nas praias do Nordeste”.

*** É lamentável o que vem acontecendo e se torna dramático com a proximidade do verão, período que a região atrai maior número de turistas do mundo.

Um bom bate papo

Exemplo a seguir – Ladrão recusa dinheiro de senhora e dá um beijinho na testa da idosa durante um assalto, no Piauí.

Coito rápido – Pastora Soraya publica nas redes que “um coito de dois minutos é mais que suficiente para que um marido insemine a sua esposa. A partir daí é tudo vício, perversão e socialismo”.

Apanha mais volta – Deputado federal Delegado Waldir (PSL) recua sua ameaça de implodir o Governo: “Somos que nem mulher traída. Apanha, mas volta.”

Fred Navarro – O Brasil, sempre na vanguarda das nações, esculhambou a situação e abduziu a oposição. Estamos fritos e mal pagos.

Sobre processo – O processo de pedido de desfiliação de Gilmar Carvalho do PSC ainda não foi enviado ao Ministério Público Eleitoral de Sergipe.

Um absurdo – É um absurdo que todo esse óleo que poluiu todo o Nordeste não tem origem. Há uma desconfiança de que não se pretende chegar à sua origem.

Silêncio absoluto – Há um silêncio absoluto das entidades que protegem o meio ambiente, assim como aconteceu com o incêndio na Amazônia.

Mantém objetivo – O deputado Laércio Oliveira (PP) tem se movimentado para fortalecimento do partido e mantém objetivo de disputar mandato majoritário em 2022.

Tem dinheiro – O ministro Gilmar Mendes disse que o PT tem dinheiro para ganhar as eleições até 2038. Mas, não se ganha eleições com votos?

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