Aracaju, 29 de abril de 2024
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Ressaca das filiações

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

Há um visível silêncio na área política. Depois do processo de filiação, há dificuldade em conversar sobre um momento que precisa ser avaliado, depois que cada provável candidato buscou uma sigla para se acomodar. Ninguém que se filiou o fez sem projeto de conseguir o que planejou. Principalmente conquistar mandato, embora a proeza não seja tão fácil, principalmente para a Câmara Federal, cuja bancada sergipana terá apenas oito deputados e o número de concorrentes está muito acima dos que podem chegar lá.

Para deputado estadual há uma proporção diferente, em razão do número de vagas que forma a Assembleia Legislativa. São 25 eleitos e quem já está lá tem melhor condição de permanecer, embora a previsão de renovação é ampla e mudança no comportamento dos novos eleitos. Com toda essa reestruturação prevista, já há trabalho de bastidores para que as siglas façam o máximo de deputados possíveis e tenham posição estratégica no legislativo, capaz de influenciar nos projetos que serão postos em votação. Mas todas essas conversas para modificar estruturas, devem acontecer antes das convenções, entre julho e agosto, porque quem sabe que não chega lá naturalmente buscará meios para tornar o companheiro de chapa parlamentar.

Já na área federal a pressão é grande. Os partidos querem ter senadores, claro, mas só chegam perto daqueles que fazem opção pela Câmara Federal, em razão dos fantásticos Fundos Partidários. Um ilustre político sergipano ainda não expressou o mandato que deseja tentar. Tem fascínio pelo Senado, mas não sente qualquer incentivo da legenda, que visa um mandato de deputado e até mostra razões para levar a isso, embutindo as vantagens financeiras. Quem ver de longe pensa que essa montagem é tudo muito fácil, mas quem pisa no fogo é que tem conhecimento de todos os entreveros que enfrenta, para que a estratégia formulada dê certo e seja bom para todos.

A disputa pelo Senado ainda não está definida, mas os nomes estão expostos e em condições de entrar em campo. Tanto partidos de oposição quanto da situação ainda têm dúvida sobre o nome para senador, principalmente porque não é boa uma chapa que senador e governador sejam do mesmo partido. Mas pode acontecer em uma das siglas que se mexe para formação de chapa majoritária. Também tem possibilidade de candidatura avulsa, com pouca perspectiva de dar certo, assim como de uma escolha via maioria, não aconselhável pelo risco de cisão. Percebe-se então que tem muitos problemas a resolver, para que a disputa seja feita na harmonia interna das coligações que lançam majoritários.

Belivaldo comemora

Belivaldo Chagas era o vice e assumiu o Governo, com a saída de Jackson Barreto para disputar o Senado, em 2018, exatamente no dia 07 de abrir daquele ano.

*** Ontem ele completou quatro anos de mandato e comemorou com a inadimplência histórica dos sergipanos, que foi avaliada e publicada.

*** Também ontem, as 19 horas, Belivaldo Chagas foi na Cefap: “colocou nas ruas” 350 novos policiais.

Decisão conclui prazo

Termina hoje o prazo que o Diretório Regional do MDB em Sergipe tem para contestar a intervenção imposta pela Direção Nacional do partido.

*** Tudo indica que não haverá qualquer reação contra a intervenção.

*** Assim, na próxima semana o MDB vai nomear os membros da Comissão Provisória que conduzirá o partido até às convenções.

Clóvis já montou chapas

O empresário Clóvis Silveira resolveu silenciar em razão do comando do MDB, para que não haja troca de informações não confirmadas.

*** – Prefiro esperar a decisão oficial do partido e começar a trabalhar, disse.

*** Aliás, Clóvis não perdeu tempo: filiou o seu bloco e tem chapas montadas para deputados federal e estadual.

Valadares ao Senado

Aliados do ex-deputado federal Valadares Filho (PSB), assim como alguns políticos próximos e amigos, estão sugerindo que ele seja candidato ao Senado na chapa de Rogério Carvalho, que disputa o Governo do Estado.

*** Valadares Filho não descarta a possibilidade, mas o seu desejo mesmo é ser candidato a deputado federal pela sigla.

Candidato ao Senado

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) disse ontem que em relação ao partido está tranquilo e vai esperar a decisão final. Acha que deve sair só depois da Semana Santa.

*** Jackson mantém que é candidato ao Senado e está otimista: vou ganhar as eleições, sem desmerecer qualquer outro nome que dispute o mesmo mandato.

Jackson na Base

Jackson Barreto se mantém na base aliada e tem acompanhado o governador Belivaldo Chagas em atos no interior, como aconteceu ontem em Gararu.

*** Inclusive, Jackson retornou a Aracaju ao lado de Belivaldo Chagas. Antecipou que apenas trocaram informações e trataram de coisas do dia-a-dia da política.

Fábio e os Esportes

Fábio Mitidieri comemorou ontem a “vitória do esporte na Câmara”. E contou: “com um apensado de minha autoria, aprovamos o aumento de dedução pos projetos de incentivo ao esporte”.

*** Explica que “a proposta, que segue para o Senado, aumenta o limite a 7% para pessoas físicas e passa de 1% para 2% às jurídicas. O esporte transforma vidas!” – Reconhece.

Ressaca das filiações

Segundo um presidente de partido de grande porte, “estamos vivendo uma ressaca das filiações”. Acrescentou que há um cansaço geral e os políticos estão aguardando a Semana Santa para viajar e descansar.

*** – Foi muito estressante o período de filiações pelas mudanças repentinas. Em um dia uma pessoa fazia a filiação e no outro queria suspender. Houve muita dificuldade para sustentar alguns deles, disse.

Valmir a federal

A candidatura do ex-prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, como candidato do PT a deputado federal surpreendeu, mesmo que Valmir fosse sempre ligado a Rogério Carvalho.

*** Dentro do PT há avaliação de que o partido pode fazer dois federais. E o nome de Valmir aparece ao lado do deputado federal João Daniel, sempre citado como um dos prováveis eleitos.

Depende de Edvan

Um membro do PL disse ontem que o empresário Edvan Amorim está comandando o partido e trabalha firme nos bastidores.

*** Francisquinho depende dele para ser candidato a governador e o irmão para disputar o senado pelo partido.

*** Vai valer o manuseio estratégico de Edvan, que sabe mexer bem com as pedras no tabuleiro político.

Turismo pós-pandemia

Através da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo, que tem à frente o deputado estadual Luciano Pimentel (PP), a Unale realiza em Aracaju, dia 25, seminário sobre o turismo pós-pandemia.

*** Terá participação do Ministério do Turismo, do Sebrae e atuação da CVC, com a presença de parlamentares e transmissão online para todo o Brasil.

Giro pelas redes sociais

Ancelmo Góis – MPF quer alterar acórdão do STF no caso das ‘rachadinhas’ de Flávio Bolsonaro: ‘Rigor histórico’.

O Estadão – Gastos com marqueteiro na campanha de Lula podem chegar a R$ 45 milhões. Briga por controle de recursos divide grupos no PT.

Balanço Geral – Sócias de escola infantil acusada de maus-tratos a crianças têm prisão preventiva decretada.

Bruno Torturra – Às vezes a gente esquece, mas o governo Bolsonaro é, antes e acima de tudo, um grupo de extermínio.

Taxa básica – O mercado estava convicto de que haveria seis ou sete aumentos de 0,25% taxa básica este ano. Agora, muitos analistas estão prevendo altas de meio por cento.

SBT News – Caio Paes de Andrade tem apoio do ministro da Economia, mas sofre resistência da ala militar para assumir Petrobras.

Setor cultural – A lei Paulo Gustavo prevê a destinação de R$ 3,86 bilhões para o setor cultural afetado pela pandemia de covid-19.

Revista Fórum – Jean Wyllys: “Putin é um autocrata sanguinário que serve de inspiração pra extrema direita”.

 

 

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