Em um cenário de morte violenta, há diversos vestígios que são coletados pelos peritos criminais, como as munições deflagradas e também não deflagradas, assim como a arma de fogo. Em Sergipe, todo esse material é coletado e encaminhado para o Núcleo de Balística Forense do Instituto de Criminalística (IC). Com a realização de exames e a emissão de laudos, os peritos verificam se as munições encontradas no local foram mesmo deflagradas pela arma encontrada, fornecendo provas materiais para as investigações que são conduzidas pela Polícia Civil e encaminhadas à Justiça.
A perita criminal Fabinara Dantas explicou que há dois tipos de exames periciais feitos em armas de fogo no Núcleo de Balística Forense do IC. “Dentre os exames que realizamos, temos o exame de identificação e funcionamento das armas de fogo e o de confronto balístico, que é complexo e traz resoluções de crime”, revelou.
Conforme a perita, no exame de identificação da arma, são verificados os elementos referentes às características do armamento. “O exame de maior demanda é o de identificação e funcionamento da arma de fogo. Identificamos e descrevemos suas características, o seu calibre, a marca, o modelo e também testamos a sua eficiência. Constatamos nos nossos laudos se as armas estão aptas ou não para efetuarem disparos”, evidenciou.
Já os exames periciais feitos em armas de fogo no campo do confronto balístico são uma identificação indireta do material apreendido no âmbito das investigações. “Quando se tem armas suspeitas e são encaminhados elementos de munições, como os projéteis coletados no local do crime ou de cadáveres, com essas peças questionadas e com a arma suspeita, fazemos a análise comparativa, com o microcomparador balístico e identificamos se foi usada ou não no crime”, detalhou a perita.
Fabinara Dantas concluiu ressaltando que o trabalho dos peritos criminais no campo da identificação balística contribui para a elucidação de crimes em todo o estado. “O trabalho da perícia é o de dar essa contribuição para a investigação criminal e também para o processo. Tivemos vários crimes de repercussão que foram bastante divulgados e que tiveram a contribuição dos nossos trabalhos”, pontuou.
Fonte e foto SSP