Aracaju, 29 de abril de 2024
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INVASÃO DE APARTAMENTO: EM NOTA, ASSOCIAÇÃO FALA SOBRE “O OUTRO LADO DA HISTÓRIA”

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A invasão a residência de Robson Araújo, engenheiro civil e ex-secretário de obras de São Cristóvão, terminou em BO, já que ele contesta a denúncia e acusa a policiais militares por crime de racismo. “Você sabe muito bem que porque eu sou negro. Então, uma major branca, uma corporação branca, quando vê um negro parece aquele senso de repulsa, aquele preconceito racial acontece e aflora e transcende as expectativas piores que se possa imaginar”, disse o engenheiro.

Por conta disso, a Assessoria Jurídica da UNICA/SE, emitiu uma nota informando que foi veiculado nas redes sociais um vídeo de um jornalista sergipano dando conta de uma ação policial do Batalhão de Turismo na região da Atalaia.

Veja o que diz a nota da UNICA/SE:

Segundo foi possível apurar, o âncora do programa exibiu a matéria jornalística dispondo de APENAS um lado da história, fato este que, em ultima análise, criminaliza a conduta dos militares aos olhos da sociedade sergipana.

Diante do inconformismo de muitos servidores militares com a inverdade lançada na matéria, a UNIÃO DA CATEGORIA ASSOCIADA DE SERGIPE,  buscando estabelecer O EXERCÍCIO DO CONTRADITÓRIO E SALVAGUARDAR A IMAGEM DOS MILITARES ENVOLVIDOS, vem a público para informar como os fatos realmente ocorreram.

Inicialmente é de bom tom informar que a ocorrência fora apresentada à delegacia de polícia civil com a condução de 2 (dois) suspeitos, um vítima e uma testemunha.

De acordo com o Relatório de Ocorrência Policial nº 202104207 a ocorrência cadastrada sob o protocolo nº M2507775 (LEI MARIA DA PENHA) foi atendida pelo Batalhão de Turismo após ter sido acionado pelo sindico da unidade condominial.

No local, a primeira guarnição que chegou na situação foi recebida por um morador visivelmente agressivo que informava a todo instante que nenhum policial entraria em sua residência.

Diante da necessidade que o momento requeria, foi solicitado apoio de outra unidade policial. Nesse instante, ainda pelo lado externo, os militares e testemunhas constataram, “pela janela da sala, que a vítima foi trancada no quarto e impedida de tratar com os policiais” e “logo em seguida, as portas e janelas foram fechadas e as luzes do apartamento desligadas” (SIC).

Mesmo diante do flagrante, os militares solicitaram diversas vezes que fosse franqueada a entrada da equipe policial, obtendo como resposta deboche e ironia.

Assim, constatado o flagrante delito de cárcere privado, CRIME DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA, os militares progrediram com a entrada no imóvel com a finalidade única de fazer cessar a injusta agressão e resgatar a vítima que poderia sofrer mal maior.

Após a entrada das guarnições, os policiais, mesmo após exposição de suas identificações, foram ironizados e desacatados aos gritos pelo morador que, diante de sua conduta agressiva, foi imobilizado e conduzido à autoridade policial.

“(…) EM VIRTUDE DO EXPOSTO, FOI NECESSÁRIA A CONDUÇÃO DOS SUSPEITOS À DAGV PARA SEREM TOMADAS AS MEDIDAS CABÍVEIS. ATO CONTÍNUO, NO ITINERÁRIO DO APARTAMENTO À VIATURA, O SR. ROBSON GRITOU

SUCESSIVAS VEZES QUE OS POLICIAS ESTAVAM AGINDO CONTRARIAMENTE À LEI, COM ABUSO DE AUTORIDADE

E EM CONLUIO COM O SÍNDICO, A FIM DE INTIMIDAR AS GUARNIÇÕES NA PRESENÇA DOS POPULARES QUE

ESTAVAM NA ÁREA COMUM. QUANDO DA ENTRADA DOS SUSPEITOS NA VIATURA, O ADVOGADO DESTES

CHEGOU AO LOCAL, SENDO DEVIDAMENTE ORIENTADO PELOS POLICIAIS A RESPEITO DA CONDUÇÃO.

CHEGANDO À DAGV, O SR. ROBSON EXALTOU-SE AINDA MAIS E PROFERIU NOVOS INSULTOS AOS POLICIAIS,

BEM COMO NOVAS ACUSAÇÕES DE ILEGALIDADE E AMEAÇAS DE RETALIAÇÃO. POR FIM, QUANDO DA ENTRADA

DOS SUSPEITOS NA CELA DA DELEGACIA, O SR. ROBSON PERDEU COMPLETAMENTE O CONTROLE E PARTIU

PARA CIMA DOS POLICIAIS COM GRITOS, INSULTOS E CHUTES NA CELA.(…)”

Como se percebe, ao veicular um vídeo contendo UNICAMENTE A “ESTÓRIA” DO AGRESSOR, SEM BUSCAR A VERSÃO OFICIAL DA PMSE, restou clarividente o desserviço prestado à sociedade sergipana, que deveria ser o de informar com imparcialidade.

De mais a mais, a prática criminosa dos conduzidos está  sendo investigada pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis que emitirá relatório e encaminhará o Inquérito Policial ao Juízo Competente para providências futuras.

Por parte da UNICA/SE, importa registrar a solidariedade aos militares que tiveram suas imagens maculadas em um setor específico da imprensa local e o agradecimento pelo profissionalismo mantido na condução da ocorrência, que teve a finalidade precípua de salvaguardar a incolumidade de uma vítima mantida sob o crivo do cárcere privado.

Assessoria Jurídica da UNICA/SE

 

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