No dia de ontem, 29, tomamos conhecimento acerca da veiculação de um áudio com a voz de um Oficial Superior da PMSE que circulou nas diversas plataformas de comunicação e na imprensa local.https://www.faxaju.com.br/index.php/2021/04/30/comandante-do-2-bpm-explica-sobre-audio-divulgado-nas-redes-sociais/
De acordo com um trecho da matéria jornalística extraída do site “FAXAJU”, o Oficial da Polícia Militar de Sergipe teria explicado que as suas declarações foram descontextualizada de forma maldosa e defende que a escala de serviço seja revista. O Coronel diz que o servidor militar deveria enviar o atestado de acompanhamento médico do filho menor (que tem Síndrome de Down) para um cabaré. “O atestado é do filho. Eu acho que ele confundiu. Ele deveria ter mandado esse atestado para o cabaré que ele frequenta”.
Em nota emitida pelo Tenente Coronel e Comandante do 2º Batalhão da PMSE foi afirmado que a mensagem de áudio se deve àqueles que não desejam a permanência dele no Batalhão e justifica a sua falta de decoro afirmando que
“Esse áudio foi postado por mim, no grupo dos SUPERVISORES E oficiais do 2° Batalhão, logo após eu ter assumido o comando da unidade e tomado ciência de diversos fatos que imputo inadmissíveis. Quero dizer àqueles que não desejam minha permanência no 2° BPM que, acabou a escala de 02 x 12. acabou a escala de 1×6. acabou a venda de serviços. acabou a escala de 2×6 para aqueles que não ” produzem”. acabou uso indiscriminado de vtr por parte de alguns oficiais. acabou escala que privilegia “pm” por morar em pernambuco ou alagoas. vai ter vez no bpm quem trabalha.
Para quem me conhece, isso não é nenhuma surpresa. por derradeiro, para aqueles que tentaram descontextualizar minha fala, só lamento. não me importo com vocês e nunca me importarei, pois, por onde passei, valorizei os que trabalham, não os que falam, os que bajulam ou os que “pagam” .
Não é a primeira vez que o Oficial Superior menospreza subordinado que possui familiar com graves patologias, a exemplo do caso envolvendo um servidor militar que respondeu Processo Disciplinar pelo fato de ter apresentado atestado de acompanhamento para justificar as ausência ao serviço. https://unicabaseforte.com.br/2020/09/16/a-unica-se-acerta-mais-uma-vez-e-absolve-associado-em-dois-processos/
Naquela oportunidade a UNICA/SE defendeu o servidor porque restando clarividente que a esposa do policial militar estava em crise devendo ser medicada pois tinha diagnóstico de ideação suicida. O militar foi condenado pelo referido Oficial, porém, absolvido em grau de recurso disciplinar.
A UNICA/SE repudia o comportamento mesquinho e desrespeitoso que ofende a honra pessoal de servidor da PMSE e ignora as condições de saúde de familiar, nesse caso, um filho menor com Síndrome de Down.
O fato de existir supostas “benesses” em uma unidade de polícia NÃO autoriza o tratamento vexatório e desrespeitoso dispensado a qualquer servidor policial militar por parte do atual Comandante do 2º Batalhão da PMSE, devendo o Controle Externo da Atividade Policial atuante no MPSE apurar o fato com a finalidade de coibir esse tipo de conduta.
Ao militar afetado, nos colocamos à disposição para as providências que o caso requer ao tempo em que nos solidarizamos com todos os servidores que necessitam acompanhar algum familiar diagnosticado com patologia clínico-hospitalar.
União da Categoria Associada de Sergipe – UNICA/SE