Pela quarta vez no comando da pasta, João Eloy de Menezes destaca avanços e garante que deseja muito mais que estatísticas reduzidas de crimes e violência
Integrante da primeira turma de delegados do estado de Sergipe, o secretário de estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, é um personagem histórico na área, uma vez que iniciou a atividade policial no período em que Polícia Civil do Estado era estruturada e hoje ocupa pela quarta vez a pasta. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit) no ano de 1992, foi aprovado no concurso realizado em 1993, tomando posse no cargo em 1994, quando iniciou a carreira policial na 6º Delegacia de Polícia, situada em São Cristóvão. Desde então, acumula experiência em cargos de direção, coordenadoria de delegacias e superintendência da Polícia Civil, além de uma longa passagem no comando da pasta de Segurança Pública que começou no governo de Marcelo Déda, no ano de 2009.
“Passei muito tempo como diretor da Delegacia de Roubos e Furtos, depois fui convidado, em 1997, pelo então Wellington Mangueira para ser coordenador de delegacias da capital. Em seguida, passei um tempo com Gilton Garcia, fui superintendente da Polícia Civil no governo Albano Franco com Gilberto Passos, depois voltei para o Cope e, em 2006, fui superintendente novamente com Flamarion D’Avila, no governo de João Alves. Depois passei 10 meses como diretor de Segurança do Tribunal de Justiça e em 2009, fui convidado pelo governador Marcelo Déda para assumir a SSP. Antes disso, eu passei três meses no governo de João Alves, substituindo o desembargador Luiz Mendonça quando ele era secretário da pasta.Depois, em 2013, Déda faleceu e eu continuei com o governador Jackson Barreto, até fevereiro de 2015. Aí, Jackson foi reeleito, botou Mendonça Prado como secretário da SSP, e retornei para a 8ª Delegacia, no Capucho. Em seguida, João Batista foi nomeado para SSP e eu fui ser diretor do Cope, onde passei um ano. Quando foi em 2017, João Batista pediu para sair e fui convidado novamente por Jackson Barreto e estou aqui até hoje”, relembra.
Com discrição e expressivo orgulho dos avanços alcançados na área da segurança pública, ele lista alguns deles e revela aonde quer chegar. “Criamos o DAGV, que atende grupos vulneráveis e estamos expandindo para o interior do estado; criamos a Divisão de Inteligência que é uma das mais atuantes do Brasil, o Departamento de Homicídios, que hoje está dando um show. Ainda tem o Getam, o GTA, o Gate, que cuida do interior do estado, criamos o Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Deprati). Mas, eu sempre digo que não é só reduzir a violência, pois a população precisa sentir a sensação de segurança. Isso é um desafio nosso, passar para o povo sergipano que em Sergipe tem segurança. Não é só colocar os números frios e sair dizendo que acabou com roubo a banco, cargas, sequestro e que houve uma redução de homicídios em mais de 70%. A gente tem conseguido esses resultados de forma integrada com as forças da segurança pública. E com o apoio do atual governador Fábio Mitidieri, nós vamos conseguir muito mais porque ele tem dito aos quatro cantos, claro que ele não vai esquecer das demais áreas, que a segurança pública é uma prioridade para ele, e que quando digo que é prioridade nossa é nesse sentido de passar a sensação de segurança para a população de Sergipe”, aponta João Eloy.
Com passagem por governos como de Albano Franco, passando por João Alves e Marcelo Déda, além da gestão de Jackson Barreto, Belivaldo Chagas e agora Fábio Mitidieri, ele é enfático ao afirmar que a técnica se sobrepõe às ideologias políticas.
“Nunca tive vontade de ser político, nada contra, afinal o mundo não vive sem política. Mas, eu nunca tive vontade. Até participei uma época do DCE da Unit, onde me formei em Direito, mas não tive interesse em continuar, e nunca fui filiado. Participei de muitos governos, cada um com sua ideologia política. É você ser técnico, sentar numa cadeira de secretário e trabalhar para o povo, independente de ideologia política. Eu atendo a todos, prefeitos, vereadores e deputados sem perguntar qual partido”, ressalta.
Asscom Unit