Aracaju, 6 de julho de 2025
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Representantes da ASPRA/SE participam de audiência sobre situação da Cia em Glória

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Na manhã desta sexta, dia 28, representantes da ASPRA/SE, mais precisamente seu presidente Cabo Isaías Silva Santos, e o advogado Márlio Damasceno, compareceram à audiência de justificação em sede de Ação Civil Pública ajuizada pelo Promotor de Justiça Dr. Alex Maia, perante a 1ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Nossa Senhora da Glória, após representação feita pelo advogado Márlio Damasceno, que solicitou a interdição da 3ª Companhia do 4º Batalhão sediado na citada cidade, onde, juntamente com o chefe da Vigilância Sanitária Municipal, prestaram depoimento, relatado as condições degradantes e precárias que os policiais militares da companhia estão expostos. Os representantes da ASPRA/SE puderam expor todas as situações encontradas e que foram repassadas na representação encaminhada ao Promotor de Justiça.

Antes da audiência de justificação, foi realiza uma vistoria, que contou com a participação do Magistrado, dos representantes da ASPRA/SE e do chefe da Vigilância Sanitária Municipal, onde mais uma vez ficou constatada a situação degradante, quais sejam:  depósitos de fezes de morcego nos alojamentos feminino e masculino, inclusive com o acúmulo de chorume proveniente das fezes em parte do forro de PVC no teto; infestação de ratos, baratas e insetos, onde até cobra coral foi capturada no local; diversas fiações elétricas expostas por toda companhia que a parte externa é de madeira e a parte interna é mistura de compensado com papelão, o que pode ocasionar um incêndio; falta de extintores na unidade; diversos buracos na madeira e compensados, tanto na parte externa e interna, face a infestação de cupins; instalações hidráulicas precárias; ares-condicionados sem refrigerar; diversas janelas danificadas pela ação do tempo; mato tomando conta da companhia; fossa com problemas; banheiros em situações precárias; armários velhos e enferrujados; parte do teto do refeitório de PVC já desabou, existindo também um buraco no telhado que passa o sol e a chuva; corredores sem iluminação; muros das laterais e fundo bem baixos e com cerca de arame, o que facilita a entrada de pessoas, como já ocorreu com o furto de uma escopeta que foi posteriormente recuperada; mato tomando conta da companhia; diversas infiltrações no telhado; camas e colchões surrados, dentre outras.

A ASPRA/SE continuará acompanhando o processo e espera que nestes próximos dias o Magistrado possa avaliar o pedido de interdição e tirar os policiais militares da 3ª CIA/4º BPM da situação degradante de trabalho que estão expostos.

Lamentamos que ao completar 185 anos de existência da PMSE, policiais militares sejam expostos a situações tão insalubres, face a inércia do Governo do Estado em alocá-los em local digno.

Matéria do blog Espaço Militar

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