Aracaju, 6 de julho de 2025
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Belivaldo: “não é correto dizer que nada está sendo feito. Não gosto de falsidade”

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A carta aberta divulgada pelos empresários nesta quarta-feira (13) onde diz “a ausência de um plano de retomada da atividade econômica, tal qual a ausência de justificativas adequadas para o fechamento das atividades de comércio e serviços, além da ausência de um plano de combate ao coronavírus, necessita explicação”, fez com que o governador Belivaldo Chagas fosse duro em sua resposta, chegando a afirmar que “isso é mentira. É falso. Não gosto de falsidade”.

As afirmações do governador foi feita durante entrevista na manhã desta quinta-feira(14), quando Belivaldo fez uma explanação sobre as ações que estão sendo feitas para o combate à pandemia. O governador descartou o lockdown no momento, mas deixou claro que se for preciso, implantará. “Sobre o lockdown, eu lamento que tenhamos esta rede de fake News funcionando neste momento tão delicado. Trabalhamos com planejamento, estudos e relatórios, nas reuniões. Mas nenhum lockdown é anunciado do dia para a noite, se houver a necessidade todo mundo será avisado”, explicou o governador durante entrevista ao Jornal da Fan.

Ao comentar sobre a carta dos empresários, Belivaldo endureceu o tom afirmando que “li com muita tristeza e decepção. Não trabalho com informações falsas. Não tenho problemas com nenhum destes representantes destes setores econômicos, mas discordo em vários pontos. É falso que não temos um plano estruturado no enfrentamento ao coronavírus, dar uma declaração destas é desfazer todo um trabalho feito pela secretaria da Saúde e pelos estudos técnicos-científicos”, desabafou o governador, lamentando que, segundo Belivaldo, o “todo poderoso” deputado federal e empresário Laércio Oliveira tenha assinado a carta.

Sobre as ações de combate à pandemia do coronavírus, Belivaldo Chagas disse que “tentamos comprar respiradores via consórcio Nordeste, num volume maior e preço menor. Fizemos várias tentativas e ainda não conseguimos. Precisamos ser cuidadosos nessa compra, vejam os problemas que estão acontecendo em vários estados com os fornecedores. Algumas coisas fogem ao nosso desejo, tínhamos planejado a compra de 60 respiradores, com os 20 que viriam para o Hospital Cirurgia através de investidores particulares, até o dia 15 de maio, mas nenhum desses ainda chegou por problemas com fornecedores internacionais”, disse.

Ao final da entrevista, o governador disse que não pretende flexibilizar as medidas de combate ao coronavírus e que “não vamos flexibilizar medida restritiva nenhuma enquanto estivermos nessa curva de crescimento do contágio. Não quero ver filas de ambulâncias nos hospitais, nas UTIs, nos próximos dias. O que está sendo feito em medidas de isolamento está surtindo efeito. Revogamos algumas medidas de flexibilização escalonada por achar necessário, sempre em nome da vida das pessoas”.

Belivaldo concluiu a entrevista informando que ainda hoje irá divulgar uma nota em resposta à carta dos empresários.

Munir Darrage

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