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Aracaju, 31 de outubro de 2025

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Brasil não merece ser refém de criminosos, diz senador Alessandro sobre instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. Ordem do dia. 

Na pauta, o PL 1.246/2021, que estabelece a obrigatoriedade de reserva mínima de participação de mulheres em conselhos de administração das sociedades empresárias que especifica; e altera as Leis nºs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 13.303, de 30 de junho de 2016. 

Mesa: 
senador Alessandro Vieira (MDB-SE) - em pronunciamento. 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada na próxima terça-feira (4), no Senado Federal. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União/AP), após entendimento com o senador Alessandro Vieira (MDB/SE), autor do requerimento que criou a comissão. A CPI vai investigar a estruturação, expansão e funcionamento do crime organizado no país, com foco na atuação de milícias e facções.

Segundo Alcolumbre, “é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”.

A decisão ocorre poucos dias depois de uma megaoperação das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 100 prisões e 119 mortos, segundo o governo estadual. O episódio reacendeu o debate sobre a escalada da violência e a necessidade de uma resposta estruturada por parte do Estado.

Autor do pedido de criação da CPI, o senador Alessandro Vieira tem defendido que o combate ao crime organizado exige planejamento e cooperação entre os diferentes poderes e níveis de governo. “O Brasil não merece ser refém de criminosos. É hora de reagir com inteligência e coordenação, e não com improviso e discursos de ocasião”, afirmou.

O parlamentar reforçou que a CPI deve atuar com base em dados e evidências, para mapear a atuação de milícias e facções em todo o território nacional e propor soluções efetivas. “O objetivo é fazer uma radiografia completa da ação e movimentação de facções e milícias no Brasil, identificar e mostrar tecnicamente aquilo que funciona e aquilo que não funciona no combate a essa modalidade criminosa”, explicou Vieira.

O senador também criticou a falta de estratégia integrada no enfrentamento ao crime. “Hoje o que a gente vê é uma reação totalmente fragmentada, com baixíssima base técnica para a decisão e que não gera repercussão na vida real. Não dá para responder de improviso em coletiva debaixo de árvore um tema tão sério”, disse.

A CPI do Crime Organizado nasce com o desafio de unificar informações, ouvir autoridades da segurança pública, Ministério Público e especialistas, além de propor medidas concretas para enfraquecer as organizações criminosas que atuam no país. “A sociedade quer respostas e resultados. O Senado tem a responsabilidade de oferecer um caminho que una técnica, coragem e compromisso com a segurança das pessoas”, concluiu Alessandro Vieira.

Por Laisa Bomfim – Foto Jefferson Rudy Agência Senado

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