Campanha Salarial dos trabalhadores dos Correios já começou. Com a pauta aprovada, categoria parte para a negociação e novas assembleias devem ocorrer em julho, pois a data base da categoria é agosto
Em assembleia geral na noite da última quinta-feira, dia 30 de julho, os trabalhadores dos Correios aprovaram integralmente a pauta nacional da categoria para a Campanha Salarial 2022. A assembleia aconteceu na sede do SINTECT/SE, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe).
A data-base da categoria é no mês de agosto. Até lá os trabalhadores pretendem conquistar o reajuste referente ao valor cheio do INPC mais R$ 300 de ganho real.
De acordo com Jean Marcel, secretário geral do SINTECT/SE e secretário de Cultura da CUT Sergipe, a principal batalha dos trabalhadores neste ano é resgatar as perdas implementadas pelo Governo Bolsonaro em 2020 através da eliminação de mais de 50 cláusulas do Acordo Coletivo para diminuir drasticamente os direitos dos trabalhadores dos Correios de todo o Brasil.
“Vários direitos foram cortados como o tíquete de alimentação do Natal, que chamávamos de Vale Peru. Vamos lutar para recuperar o direito a férias mais 70% que, entre outros direitos foram retirados dos trabalhadores dos Correios durante o governo Bolsonaro”
A criação do PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos) foi outro debate importante durante a assembleia geral. “A empresa quer negociar uma PLR futura e esquecer os ganhos que a empresa lucrou durante a pandemia. Os trabalhadores dos Correios que estavam nas ruas trabalhando, adoecendo, sofrendo a exposição à Covid é que sabem como foi que a empresa conquistou este lucro. Os trabalhadores devem receber a sua parte”, afirmou Jean Marcel.
Depois dos anos de ameaça constante de privatização dos Correios, os trabalhadores não teriam como deixar de lado o debate político em ano eleitoral. “Discutimos a questão política. Estamos em ano eleitoral. A categoria dos Correios foi muito prejudicada por Bolsonaro. Por isso discutimos a candidatura do presidente Lula, a única capaz de derrotá-lo. Impossível suportar mais 4 anos de retrocesso, retirada de direitos e ameaça de privatização”, resumiu Jean Marcel.
O apoio ao sindicato também foi aprovado com a instituição do desconto assistencial de 2% sobre o salário base para fortalecer a luta sindical.
Foto assessoria
Por Iracema Corso