A Central Única dos Trabalhadores repudia a postura e ação do prefeito de Santo Amaro das Brotas, Paulo César (Avante) contra a Rádio Cidade e aos profissionais da comunicação. Em uma ação de desmedida truculência enviou guardas municipais e a polícia militar para ocuparem o prédio em que funciona a Rádio Cidade FM, uma emissora comunitária, com o objetivo de impedir que os jornalistas e radialistas tivessem acesso às dependências do prédio.
A justificativa foi que o prédio onde, até então, funcionava a Associação Sergipana de Comunicação e Cultura, que tem a concessão de funcionamento da rádio, pertence à Secretaria de Estado da Fazenda e foi repassado para a prefeitura pelo governo Fabio Mitidieri, que é aliado do prefeito.
Questionamos, porque a associação não foi informada com antecedência sobre a mudança de propriedade do prédio?
Qual a necessidade de policiamento? De trocar cadeados, cortar a energia elétrica, de impedir os profissionais da Comunicação (jornalistas e radialistas) de entrarem no prédio?
Para nós só há uma resposta. A tentativa de fechar a rádio, censurar os profissionais da Comunicação que denunciavam os problemas da gestão municipal de Santo Amaro das Brotas, que nega direitos dos servidores públicos municipais, atrasa salários. Além da constante falta de medicamentos nos postos de saúde e de transporte para condução de pacientes em tratamento médico, entre outros.
Vale lembrar que a Rádio Cidade é uma concessão pública, autorizada pelo Congresso Nacional, pelo Ministério das Comunicações e habilitada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
E é papel do jornalismo, através da rádio comunitária, denunciar a deficiência dos entes federativos em assegurar direitos ao povo como Saúde, Educação, Transporte e Moradia. De denunciar que os direitos garantidos em lei para os servidores públicos municipais não estejam sendo cumpridos.
O que o prefeito de Santo Amaro das Brotas, Paulo César fez, com apoio do governo Fábio Mitidieri, é caracterizado como censura e é inadmissível tal ação e postura em pleno século XXI.
Ao mesmo tempo, nos solidarizamos com os profissionais da Comunicação e estamos à disposição.
Por Iracema Corso – CUT/SE