20 deputados aprovam Reforma da Previdência de Belivaldo em 1º turno. Movimento sindical prepara resistência pro dia 26/12
Embaixo de gritos de protesto de várias categorias de servidores públicos, 20 deputados estaduais de Sergipe aprovaram a Reforma da Previdência de Belivaldo no começo da tarde desta quinta-feira, dia 19/12, na Assembleia Legislativa de Sergipe.
Votaram a favor da Reforma da Previdência de Belivaldo e da destruição da aposentadoria dos servidores, os deputados estaduais:
Francisco Gualberto
Capitão Samuel
Maísa Mitidieri
Georgeo Passos
Diná Almeida
Goretti Reis
Jeferson Andrade
Adailton Martins
Luciano Bispo
Luciano Pimentel
Talyson de Valmir
Doutor Samuel
Ibrain Monteiro
Maria Mendonça
Dilson de Agripino
Garibalde Mendonça
Janier Mota
Vanderbal Marinho
Zezinho Guimarães
Zezinho Sobral
Ausentaram-se da votação e não defenderam os trabalhadores:
Kitty Lima
Rodrigo Valadares
A favor dos direitos dos trabalhadores, votaram contra a Reforma apenas os deputados:
Iran Barbosa
Gilmar Carvalho
SEM DIÁLOGO
Após vencerem impeditivo para terem acesso às Galerias da ALESE, durante toda a manhã, representantes das centrais sindicais e sindicatos estaduais sergipanas conversaram com deputados explicando que a Reforma do Governo Belivaldo não resolve o rombo da Previdência no Estado, que teve recursos desviados em diversos governos. Tratando-se de uma maldade contra os servidores do Estado que já amargam 7 anos sem reajuste salarial. Mesmo com todas as tentativas de diálogo, as vozes dos trabalhadores do Serviço Público não foram ouvidas. E até a oposição ao governo estadual, por ser alinhada a Bolsonaro, votou a favor da destruição da aposentadoria dos servidores.
DEPUTADOS TRIPUDIAM
Além de não ouvirem os servidores, alguns deputados gargalharam e até dançaram em comemoração à aprovação da destruição do sistema de aposentadoria do Serviço Público que, entre vários prejuízos, irá reduzir salários de servidores da ativa e de aposentados.
RESISTÊNCIA CONTINUA
Com o fim da votação, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Roberto Silva, reforçou a convocação aos servidores estaduais para pressionarem os deputados e retornarem à Assembleia Legislativa na próxima quinta-feira, dia 26/12, quando acontecerá a votação do 2º turno da PEC e a votação do PLC.
“A luta não acabou. Hoje foi a votação do 1º turno da PEC. No dia 26, será a votação do 2º turno e em seguida a votação do PLC. Aí aumenta a maldade. O PLC acaba com o abono salarial, acaba com a aposentadoria especial dos professores e professoras readaptados em função nos cargos de diretor e coordenador de escola, mantém a política de aumento de idade para se aposentar, reduz a pensão pela metade, de 100% para 50%, ou seja, são vários massacres contra os servidores públicos. A alíquota dos aposentados de 14% que reduz o salário dos servidores vai ser estabelecida nesta ocasião. Então a retirada de direitos que começou hoje terá prosseguimento após o Natal. O momento é de luta, é de resistência e não vamos nos dar por vencidos. Na quinta (26/12) estaremos na ALESE de novo para dizer na cara dos deputados que nos traíram que eles são inimigos dos servidores e serão denunciados”, alertou o presidente da CUT/SE.
Roberto Silva denunciou ainda que a reforma tem vícios graves e não é a solução para os problemas da Previdência do Estado. “Não há um estudo atuarial para avaliar a economia gerada pelo governo referente a esta medida de retirar do bolso dos servidores da ativa e dos aposentados. Sabemos que essa Reforma não vai resolver o problema do déficit previdenciário. O fundo previdenciário precisa de capitalização e o governo podia reduzir a política de renúncia fiscal às empresas. Mas a decisão deste governo nunca é cobrar imposto dos empresários, ele sempre prefere cortar direitos e reduzir a remuneração de quem trabalha. Por isso, todos e todas à luta depois do Natal na próxima quinta-feira (26/12)”, afirmou o presidente da CUT/SE.
A sessão foi acompanhada por representantes de várias categorias de servidores estaduais, professores, servidores do Judiciário, auditores fiscais, peritos, policiais civis, policiais militares, agentes penitenciários, enfermeiros, entre outros.
Foto assessoria
Por Iracema Corso