Aracaju, 6 de maio de 2024
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CUT: QUANTO MAIS PRECISARÃO MORRER PARA DECRETAR O LOCKDOWN EM SERGIPE?

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A democracia está em risco, assim como a própria vida das trabalhadoras e trabalhadores, por isso o movimento sindical e social de Sergipe organizou um ato de rua, desde as 7h da manhã desta quarta-feira (10/6), em frente ao Palácio dos Despachos e em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe.

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva explicou que o ato de rua cobrou dos Poderes Legislativo e Executivo providências rígidas para barrar o avanço da contaminação por Covid-19 em Sergipe. “O Governo Bolsonaro é ilegítimo, foi eleito através de fake news e tudo que faz é massacrar os trabalhadores, por isso lutamos em defesa da democracia, por eleições diretas já para presidente”, defendeu Roberto.

Em Sergipe, o movimento sindical e social cobra que o governo estadual decrete o lockdown. “Se o governo Bolsonaro não faz nada para reduzir a contaminação por Covid-19, entendemos que o governador de Sergipe deve decretar o lockdown para forçar o isolamento e reduzir a contaminação. É a única saída para Sergipe, um lockdown rigoroso que feche tudo e que só fiquem abertas atividades de saúde e de farmácias. Quem sair às ruas precisa justificar a necessidade de sair. Ou esta curva de contaminação para de subir, ou o estado terá sérios problemas uma vez que muitas pessoas vão perder suas vidas. O movimento sindical precisa ser ouvido porque o que está sendo proposto neste momento, em Sergipe, é uma política de flexibilização em nome do lucro dos empresários sem respeitar a vida dos trabalhadores”, criticou o presidente da CUT/SE.

De máscara e tomando todos os cuidados, a Secretária de Organização Política e Sindical da CUT/SE, a professora Joelma Dias também participou do protesto. “É urgente que o governo tome medidas políticas com rigidez para conter o avanço do vírus. Sergipe tem a segunda capital do Brasil com o pior índice de isolamento social. As pessoas não estão cumprindo o decreto do governo, então se continuar deste jeito esta pandemia não vai acabar tão cedo e teremos um número de mortos bem maior”, afirmou a dirigente sindical.

No fim do ato, a professora Joelma junto à secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SE, Cláudia Oliveira, distribuíram máscaras de proteção para comerciantes e ambulantes que transitavam pelas ruas do Centro de Aracaju.

“A gente observou que as pessoas continuam indo para as ruas para trabalhar e para tentar se alimentar. O coletivo de mulheres da CUT Sergipe elaborou uma carta, que foi entregue por email para o governador de Sergipe para que ele amplie o auxilio emergencial de R$ 100, este valor não é o suficiente. Muitas trabalhadoras e trabalhadores sem renda neste momento não receberam os R$ 600 do auxílio emergencial. Então é preciso que o governo assuma a alimentação da população sergipana, senão as pessoas que precisam vão continuar indo às ruas. Por isso é preciso do lockdown, sim”, afirmou Cláudia.

Trabalhador da saúde do Hospital Universitário, Valmir Santos defendeu o aumento dos testes de Covid-19. “Só no HU, temos mais de 20 trabalhadores da saúde infectados. Lutamos por mais testes pelo menos para os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente. Já os trabalhadores do comércio e da indústria precisam ficar em casa mesmo. É o que ajuda nesta batalha contra o Covid-19. Por isso estamos nesta luta pelo lockdown e a comissão de enfrentamento ao Covid em Sergipe não tem trabalhadores. O governo e os empresários não podem decidir reabrir o comércio sem ouvir os trabalhadores que vão expor sua vida e sua saúde”, defendeu Valmir.

Além dos protestos em Aracaju na ALESE e Palácio do Governo, organizados pela CUT/SE, CTB, UGT, Conlutas, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, os dirigentes e militantes espalharam faixas e cartazes nas principais avenidas da capital questionando: ‘Quantos mais precisarão morrer para se decretar o lockdown em Sergipe?’.

Foto assessoria

Por: Iracema Corso

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