Em pronunciamento na Tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta quinta-feira (7), a deputada Carminha Paiva (Republicanos) destacou o lançamento do Cartão CMAIS Feirante. A cerimônia será realizada neste sábado (9), às 8h, na Feira Livre de Itabaiana, no agreste sergipano.
A iniciativa consiste em uma transferência direta de renda destinada a ambulantes e feirantes em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, até dois mil trabalhadores serão contemplados com o benefício de R$ 200, pagos mensalmente durante 12 meses. De acordo a parlamentar, o programa tem como objetivo fortalecer a inclusão social, apoiar as cadeias produtivas locais, garantir maior segurança alimentar e nutricional, além de valorizar a economia popular no estado.
“A cerimônia de lançamento também contará com a presença de moradores da região e de lideranças comunitárias, reforçando o compromisso da gestão estadual com aqueles que movem a economia na base e com o povo do agreste. Quero parabenizar o nosso governador e a secretária de Assistência Social, Érica Mitidieri, por essa iniciativa, porque me sinto representada e contemplada, pois fui feirante por mais de dez anos”, afirmou Carminha Paiva.
Agosto Lilás e a Lei Maria da Penha

A deputada Linda Brasil Foto: Joel Luiz
Em alusão à campanha Agosto Lilás, voltada ao enfrentamento da violência contra a mulher, a deputada também cobrou ações mais efetivas para garantir a aplicação da Lei Maria da Penha.“Uma legislação que rompeu o silêncio, reconheceu a violência doméstica como violação de direitos humanos e abriu caminho para políticas públicas de proteção e enfrentamento. Mas a efetivação dessa lei não pode existir apenas no papel. É no dia a dia, na atuação firme dos gestores, na sensibilidade dos profissionais e no compromisso do parlamento que a Lei Maria da Penha ganha vida. Nosso desafio tem sido traduzir essa norma em efetividade nas ruas, nas políticas públicas e nas leis estaduais”, destacou.
A deputada Linda Brasil (PSOL) se somou ao discurso, reforçando a importância do combate à cultura machista no país. “A Lei Maria da Penha mudou o Brasil. Antes dela, a violência contra a mulher era naturalizada, silenciada, tratada como ‘briga de marido e mulher’. Foi essa lei, fruto da mobilização feminista e da dor de tantas mulheres, que nos ensinou, como sociedade, que sim: em briga de marido e mulher, mete-se a colher, o Estado e a política pública. A partir dela, passamos a nomear as violências, registrar boletins de ocorrência, ligar para o 190 e exigir justiça. Se hoje temos dados, campanhas, delegacias e redes de atendimento, é porque essa lei abriu caminhos e sustentou uma luta coletiva por vidas que antes eram invisibilizadas”, reforçou.
Foto: Joel Luiz
Por Junior Matos