A deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) esteve na manhã desta terça-feira, 13, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Coqueiral, onde famílias ocupam o prédio em ato de manifestação por não estarem recebendo auxílio moradia e nem cestas básicas de forma regular pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a deputada Kitty Lima esteve no local para tentar conversas com as famílias e ouvir delas as principais demandas a fim de intermediar o diálogo com a PMA, mas apesar de estar em pleno exercício de sua função parlamentar, Kitty foi impedida pela Guarda Municipal de adentrar ao local.
Após muitas tentativas sem sucesso, a deputada conversou com o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, Robson Barros, que está auxiliando as negociações com as famílias dentro do CRAS, que informou que a Defensoria Pública fez um cadastro das famílias que pleiteiam os benefícios e que essa lista será apresentada e discutida junto à PMA.
“Como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alese vim verificar de perto a situação dessas famílias para auxiliar no que for preciso para que elas sejam devidamente assistidas. É uma situação bastante delicada que precisamos que todos os órgãos e entidades envolvidos dialoguem e busquem uma melhor solução para a realidade desses pais e mães que estão em busca de dignidade para suas famílias”, pontuou Kitty.
Em conversa com populares, Kitty foi informada que as famílias que estão no CRAS só receberam água e comida 72 horas após ocuparem o prédio. A prefeitura mandou nesta manhã um representante ao local para dialogar com os manifestantes, mas até o momento a PMA não se posicionou em relação ao atendimento do pleito das famílias e nem quais medidas serão adotadas.
“O cadastro dessas famílias era pra ter sido feito pela Secretaria de Assistência Social , mas sabemos que cuidar dos aracajuanos não é interesse da gestão de Edvaldo Nogueira. A OAB está acompanhando toda essa situação e o nosso mandato, junto com a Comissão de Direitos Humanos, irá acompanhar a efetivação dos encaminhamentos que deverão ser adotados”, disse a Kitty.
A deputada afirmou ainda que caso o cadastro das famílias não seja efetivado e elas não recebam o auxílio moradia, como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alese, ela poderá ingressar com medidas judiciais contra a Prefeitura Municipal de Aracaju.
“Não medirei esforços para ajudar aqueles que mais precisam, principalmente quando estamos falando de pessoas que estão em total vulnerabilidade. Vamos acompanhar essa situação de perto e vigilantes para que essas famílias sejam inseridas no auxílio moradia, caso contrário podemos sim recorrer à Justiça para resolver está situação”, garantiu Kitty.
Foto assessoria
Por Felipe Maceió