Aracaju, 2 de maio de 2024
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Deputado Francisco Gualberto diz que a sociedade não pode confundir mudança com retrocesso

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O deputado estadual Francisco Gualberto (PSD) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe nesta terça-feira, 31, para fazer um alerta à sociedade sobre os verdadeiros sentidos da palavra ‘mudança’. Principalmente no que se refere à política. “Durante a existência da humanidade é inevitável que se vincule a mudança à busca do melhor, do avanço, do progresso. É por isso que existe a palavra mudança e o seu sentido. Mas quando a gente muda para pior, não praticou a concepção da palavra mudança. Houve um retrocesso”, disse o deputado.

De acordo com Francisco Gualberto, existe um pensamento nas mentes humanas que diz o seguinte: ‘é preciso mudar. Nós precisamos estar sempre mudando, pois a mudança é fundamental’. “Essa é uma máxima da compreensão humana. Mas nós temos que ter uma outra análise. Não podemos confundir mudança com retrocesso”, alerta o deputado.

Para exemplificar sua tese, o deputado lembrou que na última eleição presidencial, em 2018, houve a ideia de mudança por parte da população. “Lógico que associada aos robôs e fake news. Acontece que as pessoas que falaram em mudança não prestaram atenção ao produto político que estava na prateleira. Então foram somente na história de que era preciso mudar. Mas qual foi o resultado dessa mudança?. Floresta desmatada na Amazônia; milhares de pessoas mortas na pandemia, quando poderiam ser evitadas; discriminação a negros, mulheres, pobres, ao Nordeste, às frações por suas opções sexuais; inflação alta, desemprego, e o Brasil de volta ao mapa da miséria. E eu pergunto: essas pessoas que pensaram simplesmente na mudança sem conteúdo, cuidaram da mudança ou praticaram retrocesso? Essa é a reflexão que devemos fazer”, apontou Francisco Gualberto.

Nesse alerta, o deputado mostra que por causa desses retrocessos, boa parte da sociedade já diz que agora é preciso reparar o prejuízo que deu a si própria e aos outros. Gualberto diz ainda que quando se confunde mudança com retrocesso, entra em ação outra máxima: ‘paga o justo pelo pecador’.

“Quando eu vejo alguém dizendo que vai votar numa pessoa que sabe que é despreparada, que não cumprirá o que está dizendo, que está prometendo o que não pode cumprir, mas irá votar assim mesmo, porque quer mudar, percebo que se trata da busca pelo retrocesso. E isso não faz bem para Sergipe, para o Brasil nem para o mundo”, garante Gualberto.

E não somente na política, como também na vida social, as mudanças precisam ser feitas com mais cautela. Nesse sentido, o deputado deu mais um exemplo bem real: “Imagine que uma família more numa casa de três quartos, sala, cozinha e banheiro. Humilde, mas com o mínimo de dignidade para uma família morar com seus filhos. De repente vem a discussão da mudança entre o casal. Um começa a dizer ao outro ‘nós precisamos mudar, temos que mudar porque estamos há muito tempo nessa casa e não podemos continuar. Inclusive já fiz um contato com um dono de vila e vamos mudar para um quarto de vila’. Eu pergunto: isso é mudança ou retrocesso? Não basta falar em mudança, é preciso saber o que queremos com a mudança, sob pena de esvaziar o bom sentido da palavra mudança”, concluiu Gualberto.

Por  Gilson Sousa

Foto: Jadilson Simões

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