Nesta sexta, 26, a deputada federal Delegada Katarina trouxe para Aracaju, através da Comissão de Saúde da Câmara, o Seminário “Autismo: respeite os limite e valorize as capacidades”.
A iniciativa foi realizada por meio de um requerimento aprovado na Comissão, a fim de debater, junto a representantes do poder público as necessidades das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e os meios de efetivação de ações e políticas públicas voltadas para elas , objetivos que, de acordo com a parlamentar, foram alcançados com êxito.
“Tivemos um evento grandioso, com mais de 400 participantes. Meu sentimento é de gratidão por ter trazido um evento tão importante para o nosso estado, com especialistas em diversas áreas e que enriqueceram muito esse debate tão oportuno e necessário”, ressalta a Delegada Katarina.
Ela explica que apenas novas legislações não são suficientes para efetivar a real necessidade dos autistas e das mães e pais deles, que acabam sofrendo pela ausência de um tratamento eficaz fornecido não só pelo estado, mas também pelos planos de saúde e prestadores de serviços da área.
“Infelizmente, trata-se de um tema ainda envolvo em muitas problemáticas, que vão desde o acesso a tratamentos de saúde até o ensino educacional, passando pela falta de acessibilidade de diversas formas. Por isso que o nosso seminário teve debate com temas específicos e importantes, troca de conhecimento, mas também relatos emocionados de autistas e seus familiares”, salienta a deputada.
Durante o evento, a parlamentar citou o Projeto de Lei 1.432/24, de sua autoria, que regulamenta a profissão de acompanhante terapêutico, o AT, estabelecendo os requisitos para o exercício da atividade e as competências privativas do profissional.
“Essa regulamentação se torna ainda mais urgente diante da crescente recusa de cobertura pelos planos e seguros de saúde para essa modalidade de serviço. Além disso, ao prejuízo causado ao tratamento em virtude das negativas recorrentes de acesso a esses profissionais, quando acompanhando seus clientes em locais públicos e privados”, reitera.
O Seminário também abordou o parecer de número 50, do Conselho Nacional de Educação, através d perspectiva do professor e pesquisador Lucelmo Lacerda. O documento serve para basear gestores e usuários acerca do atendimento adequado aos estudantes autistas no ambiente educacional.
Transmitido ao vivo pelo YouTube da TV Câmara, o evento teve seu alcance ampliado para todo o país. “Pudemos realizar um debate profundo e construir mecanismos e ferramentas que levem a dias melhores para todos nós, especialmente para aqueles que precisam lutar ainda mais por inclusão e direitos fundamentais. A causa autista ainda é carente de visibilidade e ação, e pudemos dar isso a ela”, reforça a Delegada Katarina.
Foto assessoria
Por Tanuza Oliveira