“Lula enviou proposta para a Câmara Federal em 2023, mas a ratificação da Convenção 190 da OIT não foi pautada. Queremos o fim da violência no trabalho”, diz Adenilde Dantas (CUT-SE), em audiência pública
A luta contra o assédio no ambiente de trabalho foi discutida na Câmara dos Deputados, em audiência pública, que aconteceu nesta terça-feira, dia 30 de setembro, mulheres, dirigentes sindicais CUTistas de todo o Brasil.
A necessidade da ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que combate o assédio moral em ambiente de trabalho foi o centro do debate, contando com a presença da diretora da Secretaria de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Sergipe), Adenilde Dantas.
A audiência pública resultou do requerimento da deputada federal Juliana Cardoso (PT/SP), que articulou a presença de mulheres de vários seguimentos do Governo Federal e do mundo sindical para debater a importância da ratificação da Convenção 190.
“Estamos aqui, mulheres de todos os estados, cobrando que a Câmara coloque para votação a ratificação da Convenção 190. Lula enviou esta proposta para a Câmara Federal em 2023 e até agora a ratificação da Convenção 190 da OIT não foi pautada. Hoje, estamos aqui lutando pelo fim da violência no trabalho e pelo enfrentamento a todos os tipos de assédios no ambiente de Trabalho”, declarou a professora Adenilde Dantas.
A professora Adenilde Dantas explicou que a Convenção 190 dá força à denúncia contra o assédio no trabalho, obriga empregadores a criarem medidas de prevenção e rompe com a cultura de que o assédio ‘faz parte’ do ambiente de trabalho.
Representando a CUT-Sergipe, a professora Adenilde Dantas afirmou que a luta pela ratificação da Convenção 190 da OIT precisa se ampliar e se fortalecer.
A dirigente sindical Adenilde Dantas reforçou que: “essa Convenção é um marco fundamental, porque diz em alto e bom som: violência e assédio não são parte do trabalho, são crimes e violações de direitos humanos! Para nós, mulheres, isso significa mais proteção, mais respeito e mais igualdade. Significa ter coragem de denunciar sem medo, significa que os patrões terão de prevenir e não mais silenciar diante dos abusos. Ratificar a Convenção 190 é garantir que o ambiente de trabalho seja um espaço de dignidade, liberdade e justiça. Nós não aceitamos mais o silêncio! Queremos um Brasil que respeite suas trabalhadoras”.
Texto e foto Iracema Corso