Por Diógenes Brayner

Em conversa com influente membro do PT, em jantar na noite desta sexta-feira (15) ele admitiu, meio desolado, que pela primeira vez o seu partido não tem uma liderança que se destaque pra disputar a Prefeitura de Aracaju e que ainda precisa analisar, através do diálogo, quem realmente pode disputar a sucessão municipal.

Admitiu que no momento apenas três nomes se destacam no partido e que poderiam tentar a sucessão do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), mas que apenas um estaria à disposição. Citou o nome: ex-primeira dama Eliane Aquino (PT), que esteve em Aracaju no final de semana para participar das eleições da Fundação Marcelo Déda, que elegeu sua filha, Yasmim Déda. a presidente em seu lugar.

Eliane também participou da posse de Ézio Déda na Academia Sergipana de Letras e, m seguida, retornou a Brasília, onde hoje reside. Em conversas internas com membros do partido, Eliane insistiu que estava à disposição para ser candidata à prefeitas, mas essa sua pretensão não convencer aos demais membros da cúpula partidária, pela distância que ela mantém de Aracaju, o seu apego a Brasília e a sua absoluta dedicação ao cargo que ocupa no Governo Lula.

Os outros dois nomes que lideram o partido em Sergipe são o senador Rogério Carvalho e o ministro Márcio Macedo, que inicialmente ensaiou disputar a Prefeitura de Aracaju, mas já foi convencido pelo próprio presidente Lula para permanecer na Pasta que ocupa e disputar vaga no Senado em 2026, buscando entendimento e composição com o a base do Governo Fábio Mitidieri.

A outra vaga para o Senado tem que ser disputada pelo senador Rogério Carvalho (PT) por direito de disputar a reeleição. A diferença é que Rogério e seu grupo se colocam na oposição em Sergipe e podem ir para um confronto com a base governista. Mas há um detalhe: Rogério já revelou seu desejo de disputar o Governo do Estado e se prepara para isso. Ainda não está definido, mas o PT está com dificuldade de indicar candidato a prefeito de Aracaju.