Aracaju, 7 de maio de 2024
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Henri Clay diz que, para formar uma frente de esquerda, ser prefeito ou vice não precisa quebra de braço entre Rede e PT

henri clay

O ex-presidente da OAB em Sergipe, advogado Henri Clay, pré-candidato a prefeito de Aracaju pela Rede Sustentabilidade, disse nesta segunda-feira (07), que a convenção do seu partido será realizada na quarta-feira (16) e adianta que está trabalhando para viabilizar candidatura própria, mesmo com a exiguidade do tempo para conversas e contatos.

Henri Clay disse que o lançamento de candidatura própria está condicionado a dois pressupostos: Um deles seria “estrutura para uma campanha competitiva, que seria possível através do Fundo Partidário – para campanha prefeito e vereadores – e que está em discussão pelo próprio partido a nível nacional”. Segundo Henri Clay, sem essa estrututa não dá para sair candidato sem participar das discussões para um projeto avançado de Governo, em razão da falta de programas de radio e televisão.

O segundo pressuposto, como diz Henri Clay, “fechar uma coligação em que assegure espaço de televisão e emissoras de rádio, para que possa entrar no debate e defender propostas de uma renovação política que contemple o retorno da esquerda, com projetos voltados para uma sociedade melhor e harmoniosa.

Diálogo com o PT – Henri Clay confirma que tem dialogado com o PT e a Rede Sustentabilidade tem colocado prioridade numa candidatura majoritária. Admite que “essa questão de ser vice ou prefeito é superficial, não avança, é improdutiva e secundária”. O que Henri Clay admite é que “precisamos, nessa reta final para as convenções, discutir a formação de uma frente de centro esquerda e unir forças políticas para vencer a direita reacionária que está posta no Brasil e se expande por Sergipe, se iniciando por Aracaju”.

Para o pré-candidato a prefeito pela Rede, “quem vai ser vice ou prefeito deve ser definido só depois de discutir essa unidade para formação da frente de esquerda e escolher aquele que melhor representar esse bloco e, enfim, escolher como seja composta a chapa e se defina o prefeito e o vice, de forma consensual”.

– Quem melhor vier representar essa convergência é que pode ter o poder de crescer e ser escolhido para ser o candidato a prefeito, porque essa escolha não pode vir a ser uma quebra de braço, disse Henri Clay acrescentando que “é preciso uni forças para conter o avanço da direita reacionária”. E conclui “estou disposto a não ser candidato desde que haja um projeto para convergência das foras progressistas”.

O que pensa o PT – Por coincidência, o Partido dos Trabalhadores também realiza convenção na quarta-feira (16) e a dificuldade em definir uma composição em que o prefeito ou o vice seja definido dentro da concepção de união de forças de centro esquerda, está exatamente na questão do PT considerar que tem uma estrutura grande e tradição eleitoral em Aracaju, dentro de uma projeção política.

Dentro desse conceito de tradição e projeção política, o PT demonstra que não abre mão de apresentar candidatura a prefeito de Aracaju, que será o ex-deputado federal Marcio Macedo, o que faz a discussão mudar de foco em nome sem que haja abertura para um diálogo que ofereça condições a outro nome ser o cabeça de chapa.

Embora haja entendimentos dentro do próprio partido de que não houve avanço no nome do candidato que se apresenta agora, inclusive dentro do próprio PT, a legenda tem projetos definidos para 2022 e pretende começar mostrando força com a conquista da Prefeitura, o que, de alguma forma, prejudica a formação de uma união de esquerda para o enfrentamento político a uma esquerda conservadora, mas que se tornou ativa e ideológica.

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