Dois assassinatos covardes que aconteceram no Brasil no início de 2024 geraram revolta, tristeza e mobilização social pela punição dos culpados.
Na noite da última sexta-feira, dia 12 de janeiro, ciclistas, o movimento feminista e movimentos sociais protestaram na Pça Camerino, em Aracaju, para cobrar a punição do estuprador e assassino da ciclista, palhaça e artista de rua, Juliana Inês Hernandez, de 38 anos, a palhaça Jujuba.
Com semelhante covardia, o jovem periférico do Japãozinho em Aracaju, Wagner de Melo Alves Júnior, de 18 anos, trabalhador, casado, executado com 4 tiros no peito, no dia 5 de janeiro de 2024, também provocou revolta e protesto na tarde do último sábado, dia 13 de janeiro, na Avenida Euclides Figueiredo, no Bairro Porto Dantas.
O feminicídio no Brasil e o assassinato de jovens da periferia não permitem que as duas mortes sejam vistas como ‘fato isolado’. A cultura machista brasileira autoriza o estupro e o assassinato de mulheres diariamente e cobra uma política de segurança pública eficaz para lidar com a vulnerabilidade da mulher neste cenário de agressão assassina contra o feminino.
Neste momento, a saudade da artista e palhaça Jujuba não permite que seja esquecida a luta pela punição dos culpados pelo seu estupro e assassinato.
É igualmente revoltante e injusto, o assassinato constante da juventude que vive na periferia. É uma afronta à Justiça. É uma afronta ao futuro do Brasil. São assassinatos que destroem a esperança, famílias, sonhos, a auto-estima da população pobre que tem que lutar muito mais para encontrar condições de sobreviver.
Além da dor da perda, Luciana, mãe de Wagner, tem o apoio da CUT na luta por justiça pelo assassinato do seu jovem filho que teve o corpo retirado da cena do crime. Luciana conta que seu filho nunca teve passagem pela Polícia nem qualquer envolvimento com drogas, portanto não faz sentido a alegação da Polícia de que houve ‘troca de tiros’.
A Central Única dos Trabalhadores vem a público para cobrar que a justiça seja feita e que sejam presos o estuprador e assassino da artista Julieta Inês Hernandez e o assassino de Wagner de Melo Alves Júnior.
A CUT Sergipe também cobra uma ação política competente para que jovens da periferia possam viver sem medo de serem assassinados e mulheres consigam transitar nas ruas sem serem estupradas, violentadas e assassinadas covardemente.
Por CUT Sergipe