Dentre as dificuldades na implementação da educação inclusiva, está a falta de formação da comunidade escolar para trabalhar com necessidades educacionais distintas.
A educação inclusiva é uma das principais necessidades das crianças e adolescentes que têm algum tipo de deficiência. Ela visa universalizar a educação básica, incluindo na escola regular os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista e com altas habilidades ou superdotação. A educação para todos e sem restrições está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), instituído em 2014 pela Lei nº 13.005.
“Essa educação corresponde a um tipo de ensino voltado para pessoas as quais apresentam necessidades educacionais especiais. Hoje temos uma possível valorização no que diz respeito às diferenças entre as pessoas. Através dela, há a possibilidade de integrar os alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, o que repercute em um trabalho mais humanístico”, explica o professor-mestre Anderson Teixeira, do curso de Pedagogia EaD da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), .
No campo teórico, existem as nomenclaturas educação inclusiva e educação especial, que apesar de as pessoas pensarem ser a mesma coisa, não são. O professor Anderson esclarece que a inclusiva corresponde a um tipo de ensino que integra os alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares. Em contrapartida, a especial corresponde a um tipo de ensino que atende alunos com necessidades educacionais especiais em ambientes especializados, separados dos demais alunos.
“A educação inclusiva não exclui ninguém, muito pelo contrário. Em seus princípios, ela ressalta uma educação para todos, sem exceção. Nessa perspectiva, além das pessoas com deficiência, também há um olhar minucioso para as questões que perpassam pelo gênero, etnia, sexualidade, dentre outros”, pontua.
A falta de qualificação para oferecer uma educação inclusiva, tanto dos professores, quanto dos demais profissionais que estão dentro da escola ainda é um das principais dificuldades na universalização. “No que diz respeito às dificuldades na implementação da educação inclusiva está a falta de formação entre os professores do ensino regular. Esse despreparo , repercute negativamente na desenvoltura desses alunos com necessidades educacionais especiais”, alerta Anderson.
“A gestão escolar precisa gerir todo o processo de forma ativa, dinâmica e integradora. Nessa perspectiva, as ações precisam estar totalmente relacionadas e alinhadas à acessibilidade universal, identificando necessidades e possíveis adaptações curriculares, promovendo formação continuada, estrutura física, apoio de outros profissionais especializados, dentre outras necessidades”, ressalta Teixeira.
Os desafios para a efetivação da educação inclusiva ainda são muitos, principalmente no que diz respeito à dificuldade da comunidade escolar para lidar com as necessidades dos alunos. “Ainda há muito preconceito, além de uma grande falta de estrutura física e metodológica nos espaços escolares. Futuramente, se a demanda continuar a aumentar como vem acontecendo atualmente, creio que iremos ter um grande colapso no sistema de ensino”, conclui o professor.
Asscom | Grupo Tiradentes