Aracaju, 5 de maio de 2024
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Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe apresentou diversidade em produção na Expo Favela Sergipe

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Nos dias 4 e 5 de agosto, no Centro de Convenções Am Malls, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), esteve presente na  primeira edição da maior feira de negócios para empreendedores de favela: a Expo Favela Innovation – edição Sergipe. O evento é realizado pela Central Única das Favelas (Cufa) em Sergipe, em parceria com a Favela Holding e teve a participação de cerca de 80 empreendedores sociais de comunidades periféricas sergipanas.

Durante o evento, as mulheres puderam apresentar todo o trabalho desenvolvido por elas no Projeto, além de participar de palestras sobre dicas de negócios, mentoria e realização de conexões com outras iniciativas. Para Dilva de Souza, a participação no evento vai além da divulgação dos produtos. “Eventos como esse são importantes para nós, porque além de ajudar a divulgar nossos produtos, é uma oportunidade da gente falar mais sobre como desenvolvemos o nosso trabalho, apresentar o caminho que percorremos até chegar aqui, além de incentivar a participação das mulheres na participação dos eventos para que elas se sintam cada vez mais representadas nos espaços”, disse.

Segundo a presidente da Cufa em Sergipe, Verônica Paiva, a participação do Projeto no evento é uma forma de evidenciar iniciativas que por muito tempo tiveram falta de acesso a investimento. “Eu conheci o Projeto Rede Solidária há alguns anos e na medida que o Projeto foi se ramificando em outros municípios, a gente percebeu a força que a mulher tem e o quanto isso é importante. É admirável a diversidade, o cuidado com a questão da natureza e a formação com as mulheres para que outras possam fortalecer uma outra, que o Projeto desenvolve, é muito importante porque não é só a apresentação dos produtos, é o fortalecimento de mulheres, é o resgate da autoestima, da cultura e a importância de fazer com que a mulher seja vista dentro do espaço que ela se permitiu estar, não no espaço que alguém disse que ela deveria estar ali. A gente ficou muito grata pelo Projeto fazer parte do nosso evento”, agradeceu.

Edição Nacional

No último dia do evento, as iniciativas presentes participaram de uma seleção que consistia em apresentar suas ações com um discurso para convencer uma curadoria nacional de que seu projeto seria merecedor de uma vaga para a edição nacional Expo Favela, que será realizada em dezembro, na cidade de São Paulo. Entre mais de 80 discursos de apresentação, dez foram escolhidos e a representante do Projeto, Joelma Siqueira, artesã do município de Carmópolis, foi uma delas.

Com um discurso emocionante, Joelma garantiu a participação do Projeto na edição nacional do evento. “Representar a minha comunidade é muito importante porque por mais que a gente divulgue boca a boca, nas redes sociais, a Expo favela é de grande proporção. E eu estou muito grata, feliz não só de estar aqui representando o Projeto, a associação, a Asmurac, como em ter sido uma das escolhidas para levar o Projeto a São Paulo. Meu discurso foi de coração, de emoção, e apesar do nervosismo e da responsabilidade em falar para tantas pessoas sobre o Projeto, o resultado foi maravilhoso e vamos poder levar o nosso trabalho a mais pessoas de todos os lugares do Brasil, que estarão presentes em São Paulo. É muito gratificante”, celebrou, Joelma.

Para Mirsa  Barreto, coordenadora do Projeto, o resultado é fruto da dedicação e fortalecimento das mulheres que juntas fazem a Rede Solidária. “Recebemos a notícia com muita gratidão e felicidade, pois esse é o fruto de um trabalho que se consolida a partir da união, da coletividade e da força das mulheres. Essa é a prova de que, quando mulheres se juntam, move-se o mundo. Estamos muito felizes e satisfeitas com o resultado da nossa participação no evento”, destacou.

Foram dois dias de muitas visitas e trocas no stand do Projeto, com muitos elogios e incentivos à continuidade do Projeto por muitos anos. “Estou impressionado com o trabalho desenvolvido pelas mulheres, que são as protagonistas do Projeto, só tenho a parabenizar por uma iniciativa tão louvável e que eu, na qualidade de homem, possa apoiar essa ação e divulgar também e dizer que, sim, é possível, quando acreditamos na luta das mulheres, na liderança das mulheres, a transformação acontece. Fiquei muito feliz quando vi também o material, a capa do livro com pessoas que lembram da minha família, lembram da minha mãe e minha tia e isso traz também muita  representatividade aos nossos”, concluiu o vice-presidente nacional da Cufa, Márcio Lima.

Projeto Rede Solidária de Mulheres

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