Aracaju, 29 de abril de 2024
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QUILOMBOLAS SOFREM COM O ASSOREAMENTO DO RIO SÃO FRANCISCO NO MUCAMBO

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A Associação Remanescente de Quilombolas do Mucambo de Porto da Folha, em Sergipe, denuncia o assoreamento que vem ocorrendo nas margens do Rio São Francisco, e que está adentrando naquela comunidade, provocando desmoronamento de barrancos, prejudicando a pesca na região, e se aproximando a cada dia das casas e igreja.

De acordo com a coordenadora da associação, Maria Nazaré dos Santos, esta questão já foi levada ao Ministério Público Federal, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e OAB. “Algumas entidades chegaram a trazer profissionais para fazer a avaliação, para registrar tudo, mas de solução prática ainda não houve nenhuma”, lamenta a coordenadora.

Ela explica que ouviu de um técnico que uma saída seria a construção de barreiras para impedir que o rio possa inundar, como foi feita na Coroa do Meio, em Aracaju. “Não podemos executar a obra porque não temos meios para isto. A solução tem que ser rápida porque o assoreamento está ocorrendo muito rápido. A antiga igreja que passou por uma reforma recente poderá ser atingida, já que está a menos de 30 metros do rio. Pedimos ajuda do Governo do Estado”, diz Nazaré, que faz parte das 200 famílias que poderão ser prejudicadas com o problema.

Este impacto ambiental está afetando também a economia da região, visto que muitos sobrevivem da pesca, como é o caso do pescador e poeta, Joel Gonzaga. “Somos prejudicados com tudo isto. Peço aos órgãos competentes que olhem para nossa situação, para nossa comunidade e possam solucionar nosso problema”, afirma Joel.

EK Comunicação e Assessoria

Foto e reproduções: Divulgação

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