O vereador Ricardo Marques (Cidadania) disse, na noite desta segunda-feira (12) que “estou na política a convite do senador Alessandro Vieira (PSDB). Entrei por acreditar num sonho de mudança para Aracaju e Sergipe, afinal um mesmo grupo está no poder há 30 anos”.
Ricardo Marque reconhece que Alessandro “faz um mandato técnico elogiável, no qual procuro me espelhar, porém sei que temos estilos de fazer política diferentes. Mas sou de grupo e tenho buscado no Cidadania levantar a autoestima dos filiados, depois de duas derrotas em campanhas majoritárias”.
O vereador lembra que durante sua fala ao podcast, também nesta quinta-feira, à jornalista Kátia Santana, o senador Alessandro Vieira “chamou a mim e a Sheyla de incompetentes por não apresentar projetos para receber emendas dele. Eu fiquei surpreso, estive com o senador para apresentar três projetos como ele pediu”.
E citou: “1º – A reforma da praça do bairro América, que inclusive gravei vídeo com o próprio senador lá na praça. Ele me disse que ia conversar com Edvaldo Nogueira (PDT), mas que achava difícil ele fazer pela prefeitura, e disse que outra opção seria via Ministério do Turismo pelo governo do Estado. E que me daria retorno. Espero até hoje”.
“2º – Solicitei emenda para reforma e construção de escola na zona de expansão de Aracaju. Marcamos para sentar com o secretário da educação Zezinho Sobral. De última hora o próprio senador disse que não poderia ir porque tinha outro compromisso. O secretário Zezinho Sobral me recebeu e ficou animado com a possibilidade de ter emenda de Alessandro, inclusive sugeriu que eu usasse um pedaço em outro projeto da Seduc. Alessandro ficou de remarcar a reunião, mas não aconteceu até hoje”.
3º – “O terceiro projeto do nosso mandato seria o mais simples na minha ótica, porque seria para enviar emenda para secretaria da saúde de Aracaju para diminuir a fila de exames como ultrassom, ginecológicos entre outros. Também nunca fui procurado pela equipe do senador”.
Ricardo acrescenta que continua atuando como vereador e “dedico meu mandato a fazer projetos e a ouvir e dar voz a uma população esquecida pelo poder público. Estou no primeiro mandato e tenho 36 projetos de lei apresentados na Câmara Municipal de Aracaju”.
Acrescentou que toda semana está em órgãos fiscalizadores levando demandas desse povo que muitas vezes não sabe nem onde fica o MP, o TCE, ou mesmo Defensoria Pública. “Meu mandato não se resume apenas a gabinete e ar-condicionado. Meu mandato não se resume apenas a audiências públicas. Mesmo sendo difícil lutar, sendo oposição, eu sempre escolhi ficar ao lado dos esquecidos.
– Na política a gente tem que somar, e não dividir. Até porque uma “casa” dividida fica enfraquecida e não chega em lugar nenhum, conclui.
