Aracaju, 11 de maio de 2025
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RODRIGO FONTES CRITICA INCOERÊNCIA DE LÚCIO FLÁVIO SOBRE REGIME DE URGÊNCIA E COBRA ISONOMIA NA CÂMARA

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Na sessão desta quinta-feira, 8 de maio, o vereador Rodrigo Fontes (PSB) usou o tempo de aparte para criticar a postura do vice-líder do governo, vereador Lúcio Flávio (PL), durante a votação do projeto que institui a Loteria Municipal, proposto pelo líder do Executivo na Casa, vereador Isac Silveira (UB). A proposta tramitou em regime de urgência, o que motivou debates acalorados entre parlamentares da base aliada.

Fontes apontou contradição na postura de Lúcio Flávio ao criticar o regime de urgência quando se trata de projeto apresentado por vereadores, mas aceitar o mesmo procedimento quando a autoria parte do Executivo. “V. Exª critica o regime de urgência, que é de autoria de um vereador, de um colega, mas aprova quando vem do Poder Executivo. E o pior é a justificativa: ‘do Poder Executivo eu aceito, porque sou vice-líder e tenho acesso aos projetos anteriormente’”, ironizou Fontes.

Ainda durante o pronunciamento, Rodrigo Fontes cobrou coerência e isonomia entre os pares da Câmara. “Eu vou sugerir que o senhor peça à prefeita Emília que nomeie 25 vice-líderes, para que nós possamos ter acesso aos projetos, para ela poder mandar um regime de urgência para cá. O que a gente quer para a gente, a gente quer para os outros”, afirmou.

A fala de Rodrigo veio em resposta à justificativa de Lúcio Flávio, que alegou não ter tido conhecimento prévio sobre o projeto da Loteria Municipal. O vice-líder ainda reagiu oferecendo o próprio cargo, dizendo que “está à disposição” caso outros queiram assumir a vice-liderança.

Apesar do tom crítico, Fontes reforçou a necessidade de diálogo e respeito entre os parlamentares. “A gente não pode pregar uma coisa e fazer outra. Qual a diferença de um projeto de urgência de autoria de um vereador para um da Prefeita?”, questionou.

A prefeita Emília Corrêa ainda não se pronunciou sobre o episódio, mas a expectativa é de que haja articulação interna para evitar novos ruídos políticos dentro de sua base na Câmara.

Por Miza Tâmara – Foto: reprodução TV Câmara

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