A empresa pública dos Correios lucrou quase R$ 4 bilhões nos últimos 2 anos. Assim o Governo Federal ficou sem argumentos para concretizar seu objetivo de privatizar a empresa dos Correios, demitir trabalhadores e fechar agências pelo Brasil adentro.
Na semana passada, durante o 27º Conselho Sindical Nacional (CONSIN) da FENTECT, em Brasília, nos dias 9 e 10, os trabalhadores dos Correios deram um passo adiante na construção da campanha salarial e definição da pauta de luta pela reconquista dos direitos perdidos.
Diretor da CUT/SE e secretário geral do SINTECT/SE, Jean Marcel afirmou que mais de 50 cláusulas do acordo coletivo de trabalho foram derrubadas. “No ano passado conseguimos algumas vitórias, mas o prejuízo que tivemos em 2020 continua. Os sindicatos estão sendo muito atacados e os trabalhadores tiveram grande redução do poder de compra. Estamos amargando férias sem o vale alimentação há 2 anos. Quem precisa se ausentar para cuidar da saúde fica sem o vale alimentação, pois a empresa corta. Precisamos entrar na Justiça para garantir esse direito”, detalhou Marcel.
Durante o governo Bolsonaro, os trabalhadores dos Correios perderam o direito à cobertura total do Plano de Saúde no tratamento de filhos com deficiência física ou mental. A prorrogação da licença maternidade foi outro direito atacado e que o SINTEC/SE precisou acionar a Justiça para garantir que gestantes e crianças especiais não fossem prejudicados.
No 27° CONSIN, os trabalhadores ecetistas presentes aprovaram apoio à pré-candidatura do presidente Lula para disputa ao Planalto por entenderem ser a única candidatura que terá condições de derrotar Bolsonaro e revogar todo atraso que ele representa para a classe trabalhadora.
“De forma unificada queremos nos somar a todos os sindicatos do Brasil na luta pelo fora Bolsonaro e Bolsonaro nunca mais para que possamos reconquistar todos os direitos que foram retirados. É uma situação de muita dificuldade que estamos passando, mas a gente tem esperança que com conscientização e mobilização dos trabalhadores podemos mudar este cenário tirando Bolsonaro da presidência. A gente sabe que não vamos conseguir melhorar nossa empresa se Bolsonaro for reeleito”, disse Marcel.
Após a apresentação da assessoria econômica do DIEESE, foi debatida e aprovada a Pauta Nacional de Reivindicações que será avaliada pelos trabalhadores nas assembleias dos estados e regiões. Veja as principais cláusulas da campanha salarial:
– Reposição das perdas salariais, em base ao INPC;
– ganho real no valor linear de R$ 300;
– valor facial de R$ 50 para o Vale Alimentação
– R$ 600 para o Vale Cesta
– 70% sobre as Férias, entre outros
Ao final do CONSIN foi aprovado um Calendário de Lutas para a Campanha
Salarial deste ano:
13 e 14/06 – Participação no Dia Nacional de Lutas com o “Ocupa
Brasília” e realização de Atos nos estados
21/06 – Atos contra o fechamento dos ambulatórios médicos
21 a 24/06 – Assembleias para referendo da Pauta Nacional de Reivindicações
07/07 – Assembleias de avaliação da Campanha Salarial
21/07 – Assembleias de avaliação da Campanha Salarial e aprovação do
ESTADO DE GREVE
28/07 – Indicativo de DIA DE GREVE DE ADVERTÊNCIA
09/08 – Assembleias de avaliação da Campanha Salarial
31/08 – Assembleias com indicativo de GREVE NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO.
Agora, cabe às direções dos sindicatos, federações e centrais sindicais a unificação das lutas e mobilização em cada local de trabalho para derrotar o governo ultra direitista de Bolsonaro com luta e total independência de classe!
Foto assessoria
Por Iracema Corso