O que era para ser mais uma grande oportunidade para candidatos ao comando do Estado apresentarem suas propostas e para a população tentar se identificar com os respectivos planos de governo, para este colunista o debate programado pela TV Sergipe com cinco dos candidatos a governador foi decepcionante. Estamos a poucos dias do 1º turno da eleição, no próximo domingo (2), e quem estava indeciso sobre o voto, agora fará uma ampla reflexão até o pleito.

A percepção deste colunista é que o candidato Valmir de Francisquinho (PL) apresentou certo nervosismo, até lamentou que não pode se aprofundar no plano de governo, mas sua postura no debate ficou aquém do que boa parte do seu eleitorado esperava. Independente do processo de inelegibilidade, ficou claro que sua linha é transmitir uma boa impressão como gestor público, como “operacional”, e continuar tentando ajudar seu candidato ao Senado, Eduardo Amorim (PL).

O candidato Fábio Mitidieri (PSD) se apresentou melhor no enfrentamento com Rogério Carvalho (PT), mas chamou a atenção nos ataques duros que sofreu do petista e, principalmente, do também senador Alessandro Vieira (PSDB). Mitidieri lamentou que o debate tenha descambado para “ataques pessoais” e os assuntos que interessam aos sergipanos tenham ficado em segundo plano. Se saiu bem sobre o voto em Lula (PT), mas apesar de prometer uma gestão moderna e eficiente, poderia ter avançado mais.

Por sua vez, Rogério Carvalho foi outro que decepcionou diante das câmeras. O tema “orçamento secreto” lhe incomoda e lhe desconcentra; ele não consegue ser convincente e findou sendo um tanto agressivo com Mitidieri. Não contava com a resposta sobre Lula e também não conseguiu desestabilizar o bolsonarista Valmir de Francisquinho. Tentou até fazer uma “dobradinha” com Niully Campos (PSOL), que tem um discurso bem alinhado e mais à esquerda, mas que findou surpreendida pelo delegado.

O senador Alessandro Vieira (PSDB) passou a impressão para este colunista que, diferente dos debates anteriores, decidiu por algum motivo mudar a estratégia e não mais ir para o enfrentamento direto com Rogério Carvalho. Partiu, literalmente, para o ataque contra Fábio Mitidieri, possivelmente apostando em um possível impedimento de Valmir e nos votos de protesto. Além de “enquadrar” a ex-PSB Niully, atacou os governos Belivaldo (Chagas) e JB, falou em propostas, quis pressionar Fábio e, visivelmente, tinha uma “bandeira branca” com Valmir…

Mas, lamentavelmente, apesar da divisão por temas e blocos, o debate da TV Sergipe findou sendo muito “pobre” quanto às proposituras para o futuro do Estado. Não altera o cenário político em relação à intenção de votos, mas pode servir para esquentar a reta final de uma campanha “gélida”! A intenção dos organizadores poderia ser “macro”, mas a preocupação dos candidatos era de não “correr riscos” e não se prejudicar ou “apelar para o tudo ou nada”. Cada um com seu “jogo”…

Veja essa!

Os candidatos a governador participaram do debate na TV Sergipe e a impressão deixada é que perderam uma grande oportunidade de testar o “líder das pesquisas” Valmir de Francisquinho (PL). Ele não polemizou e se saiu bem quando disse que nem Lula (PT) e nem Jair Bolsonaro (PL) irão governar Sergipe.

E essa!

O candidato Rogério Carvalho (PT) e a candidata Niully Campos (PSOL) tentaram desestabilizar Valmir por ele ser o candidato de Jair Bolsonaro em Sergipe, mas os discursos mais “militantes” e “esquerdistas” saem do campo técnico e mergulham no campo político, onde qualquer desgaste se torna mínimo.

Alessandro x Niully

A candidata do PSOL, assim como em um debate anterior, tentou questionar os apoios para Danielle Garcia (PODE) para desestabilizar Alessandro, mas findou “enquadrada” pelo delegado que recordou seu histórico no PSB com os Valadares, chegando a citar suposto cargo comissionado no governo de Jackson Barreto. Derrubou o discurso…

Alessandro x Fábio

Desta vez, o delegado evitou o embate com Rogério Carvalho e partiu para um confronto direto e raivoso com Fábio Mitidieri. Tentou o tempo todo compará-lo a Belivaldo e fez uma denúncia que destoou dos temas relacionados à eleição de domingo. Parecia ter escolhido o governista como “alvo”…

Fábio x Rogério I

Por sua vez – e já não tem sido novidade – novamente o senador Rogério Carvalho perdeu o equilíbrio quando abordado sobre seu voto a favor do Orçamento Secreto no governo de Jair Bolsonaro. Questionado por Fábio, o petista chegou a se enrolar todo e saiu pela tangente atacando seu adversário por ele fazer campanha em Sergipe para o ex-presidente Lula.

Fábio x Rogério II

Rogério acusa Fábio de cometer crime eleitoral por supostamente usar indevidamente a imagem de Lula, considerando que ele (Rogério) é o único candidato do líder nacional do PT ao governo de Sergipe. Mitidieri se defendeu externando que Rogério “não soma” para Lula, que divide os votos e quer “exclusividade” do candidato à presidente. Citou até uma busca e apreensão em seu comitê de material de campanha com Lula.

Comprar terno

Este colunista obteve uma informação do Tribunal de Justiça, de que o candidato a governador Valmir de Francisquinho se encontrou, recentemente, com uma autoridade do Poder Judiciário sergipano em um aeroporto e não titubeou ao falar sobre sua candidatura: “pode comprar o terno para a posse de Valmir, em janeiro, como governador de Sergipe”. Pode faltar qualquer coisa, menos confiança…

A verdade I

Este colunista já explicou e vai repetir mais uma vez para que os sergipanos façam suas análises: Valmir encontra-se inelegível, sub judice, por decisões reiteradas no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (processo já esgotado) e no Tribunal Superior Eleitoral, onde ele busca uma liminar para, caso eleito, poder assumir o governo do Estado.

A verdade II

Valmir se diz vítima de perseguição, de setores da imprensa e de seus adversários que, segundo ele, não têm voto para vencê-lo nas urnas. Mas, o que Sergipe precisa ter conhecimento também, é que Francisquinho teve até 12 de setembro para retirar sua candidatura e indicar outra pessoa, como a vereadora de Aracaju e sua vice na chapa, Emília Corrêa (Patriota), para seguir a campanha e não o fez.

A verdade III

Por mais que seu discurso de perseguição ecoe pelo Estado, Valmir teve a oportunidade de apresentar um nome para disputar e até vencer a eleição sem problemas, mas, por decisão própria e de seu agrupamento, optou por correr todos os riscos, inclusive de não poder disputar a eleição. A prova maior é que seu filho, Talysson, recuou da candidatura para federal pelo mesmo motivo e foi substituído pelo irmão, sem maiores problemas.

Apertem os cintos

Nessa terça-feira (27) ocorreu algo que este colunista já vinha sinalizando nos últimos dias: o Vice-Procurador-Geral Eleitoral (leia Ministério Público Eleitoral), Paulo Gustavo Gonet Branco, se manifestou em BSB sobre o efeito suspensivo requerido pela assessoria jurídica de Valmir e deu um parecer “pelo desprovimento do recurso”, ou seja, negando o pedido do ex-prefeito de Itabaiana.

Emília Corrêa

Em um debate com este colunista, no programa INOVE NOTÍCIAS, do radialista Kléber Alves, da Rádio Cultura, a candidata a vice-governadora Emília Corrêa, apesar do parecer prévio, garantiu que as urnas eletrônicas já estão lacradas e que Valmir será votado no próximo domingo, inclusive que seus votos serão computados, mas não serão divulgados porque se encontram sub judice.

Perde a sociedade

Em contrapartida, este colunista só lamenta e contesta a possibilidade de chegarmos no domingo a noite, e o sergipano não poder comemorar, não se frustrar, não ter uma definição sobre quem comandará os destinos do Estado pelos próximos quatro anos. Permitindo ou não Valmir, a Justiça Eleitoral já deveria ter finalizado esta questão. Perde a sociedade na festa da democracia…

Bomba!

Não chamem para a mesma mesa, pelo menos, um vereador bem conhecido da base aliada e o prefeito Edvaldo Nogueira. O sentimento do parlamentar, que pelo momento político não se manifestou, é de profunda decepção e, para aliados mais próximos, já antecipa: fará oposição à gestão de agora em diante. O nome? Mistério…

Exclusiva!

E essa que dá trabalho para conseguir: tem um candidato a deputado federal usando, descaradamente, a máquina pública. A informação é que várias pessoas que se negaram a votar nele por já terem compromisso com outro candidato, já foram exonerados. A “caneta” tá “comendo no centro”! Eita lê lê! Ainda bem que vivemos em uma democracia…

Semana decisiva

E este colunista vai mais além: para quem já vivenciou de perto as eleições em Sergipe, estaduais e municipais, por mais de duas décadas, estamos em uma semana decisiva, aquela que tem um “poder de influência” muito grande na eleição. Nem sempre quem vence inicia esta semana na liderança. Basta recorrer a alguns resultados do pleito de 2018…

Mano é Bolsonaro!

Mesmo superando todas as dificuldades e adversidades em seu caminho, um candidato a deputado federal que não abriu mão de seus princípios foi o Coronel Mano (PL). Desde o princípio de sua caminhada, o militar se manteve na linha de frente para fazer a defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Para ele isso vai além da fidelidade partidária, mas de “um compromisso com a Nação”.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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