Aracaju, 14 de setembro de 2025
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Governo e oposição deixam eleição “indefinida” por falta de unidade para 26

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 Por Habacuque Vilacorte

Apesar de ainda ser muito cedo para termos uma análise concreta de como as “peças” irão se mover no “tabuleiro político” das eleições de 2026, a postura e as falas de algumas lideranças e partidos políticos com densidade eleitoral sinalizam que o pleito do próximo ano em Sergipe encontra-se completamente indefinido, aguardando um encaminhamento mais objetivo para os primeiros meses. O governador Fábio Mitidieri (PSD), por exemplo, lidera uma base forte, mas extremamente dividida.

Ele já anunciou que o ex-deputado André Moura (União) é seu pré-candidato a senador no próximo ano; por sua vez, o já senador Alessandro Vieira (MDB) tem todo o interesse de ser o segundo nome para o Senado na chapa governista, mas, de pronto, já afirmou (e ratificou) que não votará e nem pedirá voto para André no próximo ano; por sua vez, o ex-deputado “passou a bola” para o governador, registrando que sua postura será na “mesma reciprocidade” de Alessandro, ou seja, vai dar choque!

Não custa lembrar que o presidente da Câmara, vereador Ricardo Vasconcelos, o mais votado na capital na eleição de 2024, deu uma declaração recente que, na condição de pré-candidato a primeiro suplente de André Moura, deverá “anular” seu segundo voto, descartando o voto em Alessandro e até em Edvaldo Nogueira (PDT), ex-prefeito de Aracaju, que está “na mira” da CMA, que também se coloca interessado no Senado. O govenador, por sua vez, respeita, mas não tem gostado das falas de Ricardo.

O chefe da Câmara acusa Edvaldo de suposta “pedalada fiscal” no exercício financeiro de 2024. Defensores do ex-prefeito se solidarizam e dizem que ele está sendo alvo de uma suposta “perseguição” por parte de aliados. Prefeitos do interior, que integram a base governista ou votam em André ou votam em Alessandro para o Senado. Não há clima para o voto em ambos e este será mais um desafio para o governador, que terá que apagar “focos de insatisfação” na base…

Mas a falta de unidade não é “referência” apenas do governo! Na oposição as principais figuras não se entendem! Pelo PT, o já senador Rogério Carvalho comanda a legenda em Sergipe, quer buscar a reeleição e não se revela abatido. Mas o ministro Márcio Macedo, que mantém uma espécie de “guerra fria” com o “companheiro”, também quer uma cadeira no Senado Federal e, diferente de Rogério, não descarta uma composição com Fábio Mitidieri, que já declarou seu apoio à reeleição de Lula.

Também na oposição, a maioria enxerga no prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), o melhor nome para disputar e vencer a eleição para governador, todavia, ele se mantém inelegível; como o deputado federal Tiago de Joaldo (PP) deve disputar a reeleição, aí sobe o “coro” para que a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PP), lidere o processo político no próximo ano. O tempo vai passando, tudo fica no campo da especulação e essas individualidades podem prejudicar o coletivo…

Em síntese, não exagero quando este colunista avalia que a disputa para o governo de Sergipe e as duas cadeiras para o Senado estão completamente indefinidas, e uma série de fatores externos, como a polarização nacional, pode interferir no resultado da eleição. Governo e oposição continuam com estratégias equivocadas, quando o assunto é “fabricar pré-candidaturas e “arregimentar alianças” e estão esquecendo o principal: de “combinar com os russos”…

Veja essa!

Bastou o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, sinalizar que pode deixar o comando da gestão municipal para disputar o governo do Estado, que alguns setores já direcionaram os ataques para ele. A impressão é que não querem Valmir na disputa, que querem deixá-lo de fora da disputa, o que não parece nada democrático…

E essa!

Chega a ficar nítida a intenção (má vontade) de alguns setores da imprensa com Valmir de Francisquinho, que gostando dele ou não, inegavelmente ele se mantém como a principal liderança popular do Estado, mesmo inelegível. A impressão é que alguns desses movimentos são “sincronizados”. Tomara que não…

Exclusiva!

Por 7×0, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) foi unânime em rejeitar a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo ex-candidato a prefeito de Canindé do São Francisco, Kaká Andrade (PSD), contra a chapa vitoriosa nas últimas eleições, formada pelo prefeito Machadinho Barbosa (União) e pelo vice-prefeito Joselildo Almeida Pank.

Alô Canindé!

Na ação, Kaká Andrade alegava que Machadinho e Pank teriam cometido supostas irregularidades durante a campanha, violando a isonomia eleitoral, manipulando o eleitorado e abusando dos meios de comunicação. O ex-candidato solicitava a cassação dos diplomas e mandatos dos eleitos, além da declaração de inelegibilidade.

Posição do MPE

A defesa de Machadinho e Pank sustentou que todas as ações questionadas eram legítimas e amparadas pela liberdade de informação jornalística, pedindo a total improcedência da ação. O Ministério Público Eleitoral também se manifestou contra as acusações, reforçando a ausência de provas para sustentar as alegações.

Vitória na legalidade

O juiz eleitoral responsável pelo caso, Luis Gustavo Serravalle Almeida, havia determinado a admissibilidade de provas documentais, testemunhais e periciais apresentadas por ambas as partes, incluindo áudios e vídeos. Após análise, o plenário do TRE-SE entendeu que não houve práticas que justificassem a cassação dos mandatos, confirmando a vitória da chapa por decisão unânime.

Derrotas consecutivas

Com mais essa derrota, Kaká Andrade acumula reveses judiciais contra Machadinho e Pank desde o pleito municipal. A decisão reforça a legitimidade da vitória nas urnas e mantém inalterado o comando do Executivo de Canindé de São Francisco.

Yandra Moura I

A deputada federal Yandra Moura (União) protocolou, nesta semana, o Projeto de Lei 3848/2025 na Câmara dos Deputados, com o objetivo de combater a sexualização e a adultização de crianças e adolescentes em conteúdos audiovisuais, especialmente nas plataformas digitais. A proposta prevê responsabilização civil e penal para autores, responsáveis legais e empresas que produzam, divulguem, monetizem ou recomendem esse tipo de material, além da obrigação de bloquear contas e algoritmos que promovam ou busquem tal conteúdo.

Yandra Moura II

O texto estabelece pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa, para quem produzir, permitir ou incentivar a veiculação de material que exponha menores de forma sexualizada ou adultizada. Em casos de participação com consentimento ou negligência dos responsáveis legais, as mesmas penalidades serão aplicadas, podendo incluir a perda ou suspensão do poder familiar.

Yandra Moura III

As plataformas digitais também passam a ter dever legal de adotar mecanismos de detecção, bloqueio e remoção imediata desses conteúdos, impedir sua monetização ou recomendação por algoritmos e comunicar às autoridades casos identificados. O descumprimento poderá resultar em multa de até R$ 500 mil por ocorrência, sem prejuízo de sanções administrativas e criminais.

Medidas firmes

Para Yandra, o momento exige medidas firmes. “O Brasil vive uma epidemia silenciosa. Crianças e adolescentes estão sendo expostos, sexualizados e adultizados nas redes sociais, muitas vezes com o consentimento ou a negligência dos próprios responsáveis e com a cumplicidade indireta de algoritmos que impulsionam e monetizam esse tipo de conteúdo”, afirmou.

Vai para votação

O debate sobre o tema ganhou força e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que pretende colocar em votação projetos que tratam da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. A mobilização se intensificou com a repercussão dos vídeos do influenciador Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, de 27 anos, denunciando a exploração de menores nas redes sociais.

Proteção à infância

A deputada destaca que a iniciativa preenche uma lacuna na legislação, já que, apesar da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preverem proteção integral à infância, o fenômeno da adultização e a omissão das plataformas digitais ainda não possuem enfrentamento legal adequado. “Quem silencia diante desse problema, consente. É hora de agir. Não se trata apenas de punir, trata-se de proteger agora para evitar que milhares de crianças e adolescentes tenham sua dignidade violada”, ressaltou.

Vitória de Lúcio Flávio I

Quem movimentou as redes sociais nessa terça-feira (12) foi o vereador de Aracaju Lúcio Flávio (PL), que denunciou que o Vestibular EAD da Universidade Federal de Sergipe propôs um tema de redação associando a direita e o Bolsonarismo ao Nazismo. “Crime gravíssimo! Tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis!”.

Vitória de Lúcio Flávio II

“Isso aqui é crime! Eu tive acesso ao conteúdo das provas e PASMEM: o tema da redação era a ameaça neonazista do século XXI! Usaram um trecho da revista Fórum, um braço militante da Esquerda, comparando movimentos políticos misturados com a região com o nazismo”, acrescentou o vereador já na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju.

Vitória de Lúcio Flávio III

“Isso aconteceu na Universidade Federal de Sergipe, uma instituição pública e federal, que deveria adotar um pensamento democrático e plural, mas permite esse preconceito com quem é de Direita, numa afronta à LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)”, completou Lúcio Flávio, chamando a atenção de seus pares.

A UFS recuou I

Em nota pública, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) lamentou o ocorrido em relação à temática da prova de redação do Vestibular EAD e reafirma a importância de garantir a lisura e a credibilidade de seus processos seletivos. “Esclarecemos que, pelo sigilo que rege a elaboração das provas, a UFS não tem acesso prévio ao conteúdo das avaliações, que são elaboradas por profissionais contratados para prestar serviços à Comissão de Concursos Vestibulares (CCV)”.

A UFS recuou II

“Reafirmamos que a UFS não coaduna com qualquer forma de discriminação, polarização política ou radicalismos ideológicos. Somos uma instituição que preza pela democracia, pluralidade e diálogo, pautando-se sempre pelo respeito à diversidade de pensamentos, ideias e identidades. Diante do ocorrido, a Universidade determinou o cancelamento imediato da prova de redação aplicada no Vestibular EAD. Outras providências para garantir a continuidade e a lisura deste e de próximos processos seletivos serão informados pelos canais oficiais”, conclui a nota da Universidade.

Denúncia teve efeito

“Vencemos a doutrinação no ambiente educacional! A nossa denúncia surtiu efeito! A prova de redação da Universidade Federal de Sergipe foi CANCELADA! Uma prova com a carga de militância ideológica. Parabéns a todos que fazem a Reitoria da UFS e toda a Comissão que tomaram esta decisão sensata! Mais uma vitória da Escola sem Partido! Vamos seguir acompanhando todos os desdobramentos”, celebrou Lúcio Flávio em suas redes sociais.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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