Aracaju, 27 de julho de 2025
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“Narrativa governista” aumenta a tensão entre empresários e empregados

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Por Habacuque Villacorte

A mudança na Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), com a chegada do baiano Sidônio Palmeira, já começa a fazer efeito quando o governo Lula direciona todas as suas atenções para a reeleição em 2026, ou seja, o marketing da gestão passou a atuar com o viés político, já sinalizando os cenários que teremos no próximo ano. Do ponto de vista administrativo, o petista não atravessa um bom momento, sobretudo de baixa popularidade.

Há uma “guerra fria” com o Congresso Nacional, que vez ou outra se inflama e declara independência, e uma “guerra institucionalizada” com o governo norte-americano de Donald Trump. Deputados e senadores impuseram a Lula, recentemente, uma de suas mais vexatórias derrotas da história com a derrubada do decreto presidencial que aumentou o IOF. De um lado um Legislativo que diz não existir espaço para mais impostos no Brasil; do outro o Executivo dizendo “taxar super-ricos”…

Ao impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, sob alegações comerciais e com o discurso de defesa da democracia e das liberdades por conta das perseguições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Donald Trump respondeu o movimento dos BRICS devem atuar pelo livre comércio, inclusive com o uso de uma moeda própria, deixando a necessidade de seguir com o dólar em suas relações comerciais com outras Nações do Mundo.

Lula reagiu à interferência de Trump em solo brasileiro e ameaçou retaliar a pressão dos Estados Unidos da mesma forma, nos mesmos moldes com os produtos que forem exportados de lá para cá! Se a nossa economia suportará este embate, este será tema de outro comentário mais adiante, quando a gente terá uma percepção mais clara de como o mercado nacional vai se comportar em meio a tanta instabilidade política e econômica em nosso País.

Mas o “marketing político” que tomou conta da Secom agiu rápido e, tentando tirar proveito da situação, atribuiu a Jair Bolsonaro e à Direita do Brasil a narrativa de que os impactos das tarifas de Trump, que vão prejudicar a sociedade brasileira, teria sido fruto de um movimento eleitoral de olho em 2026. O governo Lula criou a falsa impressão, também, que o nosso País tem condições de ir para o embate, de igual para igual, com os Estados Unidos, narrativa que agradou uma parcela da população.

Tudo dentro de uma estratégia de marketing “orquestrada” por Sidônio de jogar o povo brasileiro contra o Congresso Nacional e a oposição. É como se fosse uma “camuflagem” para esconder os diversos problemas que o nosso País atravessa, além das promessas não cumpridas pelo governo do PT. O “confronto” com os americanos será prejudicial para a nossa já “cambaleante” economia e, além dos juros altos, teremos que conviver com mais inflação e, possivelmente, uma nova “onda” de desemprego.

É evidente que o governo tentará tirar proveito da situação, se defendendo, jogando essa “conta” no Congresso e na oposição; faz parte do jogo político! Mas um fato chama bastante a atenção: nesta disputa entre situação e oposição, entre Brasil e Estados Unidos, os reflexos diretos já são sentidos nas relações de trabalho entre empregadores e empregados. O discurso de taxar os “super-ricos” está sendo absorvido de uma forma negativa e até perigosa, criando um “abismo” ainda maior entre as classes…

Em síntese, não importa se o cidadão é um grande empresário bem-sucedido ou um médio ou pequeno empreendedor. Esta disputa política, essa instabilidade que o País atravessa, inflada pelo marketing político da Secom da Presidência da República, está dividindo ainda mais os empregadores dos seus funcionários. O empresário não é bandido e nem é criminoso! Ele gera emprego e renda e paga impostos por isso também!

O momento é de crise econômica e que precisa de um pouco de união, de estabilidade e, principalmente, de diálogo. Não vamos ganhar muita coisa nesta “guerra de narrativas” entre governistas e o governo americano. Do ponto de vista eleitoral a postura do presidente Lula pode ser assertiva, com o discurso de defesa da soberania, mas o histórico é de que a “corda sempre rompe do lado mais fraco”! E todos sabemos, situação e oposição, quem será o maior prejudicado na prática…

Veja essa!

Nos bastidores do mundo político surgiram rumores sobre as falas do ex-deputado estadual cassado Arthur do Val contra os aracajuanos e sergipanos de uma forma geral, mas chamaram a atenção os ataques proferidos por ele contra a prefeita da capital, Emília Corrêa (PL); o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL); e o deputado federal Ícaro de Valmir (PL).

E essa!

Sobrou até para o também deputado federal Thiago de Joaldo (PP). Coincidentemente, os quatro políticos pertencem ao mesmo agrupamento e são peças fundamentais no “jogo” que está sendo montado para a eleição do próximo ano. O colega jornalista Diógenes Brayner questiona: “quem está municiando Arthur do Val sobre Sergipe”? Realmente é uma pergunta que não quer calar…

Maratá em Alagoas

Segundo denúncia do Portal Regional SE, por conta de uma “rixa de (prefeito) Sérgio Reis com o empresário lagartense José Augusto Vieira, o Estado de Sergipe perde uma fábrica de biscoito do Grupo Maratá para o Estado de Alagoas”, num investimento anunciado pelo governador, ano passado, de R$ 400 milhões.

Exclusiva!

O que muita gente não sabe é que os empresários que comandam o Grupo Maratá, que tem amplitude nacional, na eleição municipal de Lagarto, apoiaram a candidata do agrupamento “Bole-Bole”, liderado pela família Ribeiro; sabe-se ainda que a relação entre o prefeito Sérgio e o empresário José Augusto não é das melhores, desde então, mas a política já acabou o gestor não poderia deixar o Estado ser prejudicado.

Pilar venceu

Segundo o Portal o investimento já em andamento do Grupo Maratá está sendo na construção da fábrica de biscoito no município alagoano de Pilar, apenas por falta de habilidade política. Nesse caso a responsabilidade é do prefeito de Lagarto sim, mas também do governador Fábio Mitidieri e sua equipe de secretários. Em tempos de crise econômica, nunca soa bem a perda de postos de trabalho. Lamentável…

Política x economia

Este colunista entender que o empresário lagartense José Augusto Vieira, que faz muito por Sergipe e por Lagarto, tem todo o direito de escolher onde fazer seus investimentos. O que não é aceitável é que a prefeitura e o governo do Estado não conseguiram intervir para que esse investimento ficasse em solo sergipano.

Laércio Oliveira I

Autor de dois projetos de lei que blindam as agências reguladoras contra cortes orçamentários, o senador Laércio Oliveira (PP) cobrou, mais agilidade do Senado para garantir a autonomia administrativa das autarquias. Em audiência na Comissão de Infraestrutura, ele foi enfático: “Vamos ter que enfrentar o governo, e eu quero enfrentar o governo, nesse caso”.

Laércio Oliveira II

As propostas de Laércio — PL 73/2025, que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal, e PL 1374/2025, que reforça a natureza de atividade-fim das agências — têm como objetivo evitar o bloqueio de despesas que vêm comprometendo o funcionamento de órgãos essenciais para a fiscalização e o equilíbrio do mercado.

Laércio Oliveira III

O senador relatou ter falado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), a dar andamento às matérias. “Falei com o presidente ontem e perguntei por que o projeto ainda estava na Mesa Diretora e não havia sido distribuído. Ele ficou de resolver isso essa semana. Prometo a vocês que esses projetos serão distribuídos para as comissões”, disse.

A audiência reuniu representantes das principais agências do país — como ANP, Aneel e ANM — que relataram o colapso de suas estruturas diante dos cortes. Laércio defendeu que a arrecadação própria desses órgãos seja respeitada e direcionada ao cumprimento de suas atribuições, e não sujeita ao contingenciamento imposto pelo governo.

Laércio Oliveira IV

O presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério (PL/RO)apoiou a iniciativa de Laércio, destacando que não adianta ter estrutura regulatória sem capacidade de fiscalização: “Tem que haver braço para ir à ponta verificar aquilo que foi estabelecido”.

Alessandro Vieira I

O senador Alessandro Vieira (MDB) é o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Projeto de Lei (PL) nº 3.773, de 2023, que propõe uma profunda reformulação na política de licença-maternidade no Brasil. De autoria do senador Jorge Kajuru (PSB/GO), a proposta estabelece a ampliação da licença-maternidade, cria o salário parentalidade e permite a permuta entre pais e mães dos períodos de licença, além de alterar legislações importantes como a CLT e as leis da Previdência Social.

Alessandro Vieira II

Nesta semana, Alessandro Vieira recebeu representantes da coalizão CoPai — um movimento nacional que defende a ampliação da licença-paternidade como política pública de impacto social. Estiveram presentes Caroline Burle, presidente adjunta e diretora executiva da liBertha, Marcos Piangers, jornalista e autor do best-seller O Papai é Pop, e Rodolfo Canônico, diretor executivo da Family Talks.

Alessandro Vieira III

O encontro reforça o compromisso do parlamentar com uma agenda que promova mais equidade de gênero, valorização da paternidade ativa e apoio à primeira infância. “Estamos falando de um projeto que olha para o futuro das famílias brasileiras. A ampliação da licença-paternidade e a criação do salário parentalidade significam reconhecer o papel do pai no cuidado com os filhos desde o nascimento e corrigir desigualdades históricas. É uma pauta de justiça social, de saúde pública e de desenvolvimento”, afirmou o senador Alessandro Vieira.

Alessandro Vieira IV

O relatório do senador Alessandro em análise na CCJ estabelece a criação da licença-paternidade com duração inicial de 30 dias, ampliando-se de forma progressiva: 30 dias nos dois primeiros anos de vigência da lei; 45 dias no terceiro e quarto anos; e 60 dias a partir do quinto ano. Além disso, o pai poderá dividir esse período de licença em dois momentos, sendo 50% obrigatoriamente no nascimento ou adoção da criança e o restante dentro de 180 dias, a seu critério. O projeto ainda prevê a suspensão da licença em casos de decisão judicial por violência doméstica ou abandono material.

Delegada Katarina I

A preservação do meio ambiente ganhou um importante reforço em Sergipe, com a entrega de mais uma remessa dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, os Prads, elaborados com recursos no valor de R$ 1,3 milhão, destinados por meio de emenda parlamentar da deputada federal Delegada Katarina e do senador Alessandro Vieira.

Delegada Katarina II

A entrega é resultado da parceria entre a Agência Sergipe de Desenvolvimento (Desenvolve-SE), o Ministério Público Estadual de Sergipe e os parlamentares. Um esforço conjunto com o objetivo de restaurar ecossistemas afetados pelo desmatamento, queimadas e uso inadequado do solo, promovendo a recuperação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.

Delegada Katarina III

Para a Delegada Katarina, o investimento reforça o compromisso com o meio ambiente e o futuro das próximas gerações. “Essa entrega é fruto de muito esforço e da união em torno de um grande feito, o de acabar com os lixões em Sergipe e, para além disso, recuperar as áreas que antes foram degradadas por eles. Essa ação foi e será de grande relevância para os municípios, que não tinham recursos para resolver a situação sozinhos”, destacou a parlamentar.

Delegada Katarina IV

“Os Prads são medidas específicas, baseadas em estudos, para orientar ações de reversão de danos ao meio-ambiente. Ou seja, eles são fundamentais para que os municípios possam avançar na política de sustentabilidade, garantindo proteção ao meio-ambiente e geração de renda para as comunidades”, acrescenta a deputada. Ao todo, foram entregues 36 Planos de Recuperação, concluindo o projeto “Lixão Mais Não”, do Ministério Público. O procurador-geral do órgão, Nilzir Soares, ressaltou o papel decisivo da somação de esforços em torno da iniciativa.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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