Além da disputa sobre quem tinha mais prestígio e força política em Brasília (DF), outro assunto ganhou forte repercussão no Estado: os encaminhamentos dados pelo governador Jackson Barreto (PMDB) dando conta que pretende iniciar, o quanto antes, o processo de privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). O assunto gerou bastante celeuma, sobretudo pela justificativa do chefe do Executivo, em uma entrevista à TV Sergipe, insinuando que os péssimos serviços prestados pela Deso sejam de responsabilidade de seus diretores e, principalmente, de “servidores que recebem sem trabalhar”.

A declaração revoltou, por demais, os trabalhadores que procuraram o Ministério Público Estadual. Este colunista, inclusive, sugeriu que toda a diretoria da Deso colocasse os cargos á disposição, diante de tamanho descrédito do próprio governador com o desempenho de suas atividades. O assunto também movimentou a classe política e já tem alguns reflexos: o primeiro deles (e principal) é que o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) já teria comunicado ao governo que não reúne condições ideológicas e éticas para defender a privatização e já colocou a liderança da bancada na Assembleia à disposição de JB.

Como em Sergipe tudo se sabe, o nome mais cotado para “descascar esse abacaxi” é o deputado Venâncio Fonseca (PP), que já liderou com maestria tanto governo quanto oposição, que tem um perfil de liderança diferenciado e sabe como ninguém mesclar a acidez e a elegância em seus discursos. Além de Gualberto, outros parlamentares já sinalizam que são contrários a privatização da Deso. A deputada Maria Mendonça (PP), por exemplo, entende que o principal responsável pelo “sucateamento” da Companhia é o próprio Governo do Estado. Para ela o governador esquece que muitos serviços prestados pela Deso já são terceirizados há muito tempo.

Para este colunista, chamou mais atenção ainda a avaliação do deputado governista Zezinho Guimarães (PMDB) que, a princípio, também é contrário à privatização. Segundo o parlamentar, quando busca a venda da Deso, o governo estadual quer nada mais do que “esconder sua incompetência em administrar a empresa e entrega-la à iniciativa privada”. O peemedebista chama a atenção ainda para outro questionamento bastante relevante: se a venda da Deso vai resolver o problema do Estado ou se vai amenizar a situação do governo por um ou dois anos? Para ele, o maior interessado, o povo, deve ser consultado.

O deputado Zezinho Guimarães frisou que é contrário sim à venda da Deso sob a argumentação que o Estado em momento algum está buscando identificar e corrigir sua ineficiência. Ele entende que as estruturas do governo estão “inchadas” e viraram um “cabide de empregos”. O parlamentar argumenta que não entende a “pressa” de alguns setores do governo para vender a Companhia e se desafazer de um patrimônio público. Zezinho diz ainda que o Estado está optando pela “solução mais fácil” que é a venda, e que, mesmo diante da pior crise hídrica da história do Nordeste, o abastecimento humano no Estado, de uma forma geral, tem sido eficiente em relação as outras unidades da região.

Em síntese, a possível privatização da Deso ainda vai dar muito que falar em Sergipe. Não será um processo rápido e fácil como se espera por setores do governo. A oposição promete se manifestar, como também alguns membros da própria base aliada. O Ministério Público, as entidades sindicais e a OAB também devem questionar e ingressar com uma série de ações judiciais. A tendência é que a venda, se acontecer, talvez se conclua apenas em 2018, próximo da eleição estadual. Neste caso, até a Justiça Eleitoral deve atuar, como também o Tribunal de Contas. Tudo deve ser feito dentro da maior transparência e lisura, e sob forte fiscalização. Pode até ser que a privatização seja a solução, mas o governo vai precisar ser convincente…

 Veja essa!

Para defender a efetividade da Deso, Zezinho Guimarães destacou a gestão do presidente Carlos Melo e enfatizou que ele conseguiu aumentos de receita superiores a 20% ao ano. “A venda da Deso não pode ser apressada pela iniciativa privada, mas pelo BNDES”.

E essa!

Zezinho reforçou que não tem elementos para defende a venda da Deso, e ainda acrescentou que “a Companhia não consome dinheiro do tesouro estadual; o governo não tem capacidade de investimento. Qual o prejuízo que a Deso dá ao Estado? Esse açodamento todo, para mim, é apenas para encobrir a ineficiência do Estado de geri-la”, colocou.

Exclusiva!

Mudando de assunto, Zezinho saiu em defesa pela continuidade do deputado André Moura (PSC) na liderança do governo de Michel Temer (PMDB) na Câmara Federal. “A bancada federal de Sergipe e o governador deveriam se reunir em BSB e unirem forças em defesa da permanência de André Moura na liderança do governo”.

Bomba!

Zezinho lamentou que em Sergipe tem gente que, segundo ele, “ora todo dia, reza todo dia para ele cair! Morrem de inveja de André Moura”. Segundo o deputado estadual “André não é um líder que persegue ou boicota. Pelo contrário! Ele está abrindo muitas portas em BSB”.

Burrice política

Para Zezinho Guimarães a classe política do Estado está sofrendo de “burrice política” e não sabe tirar proveito da liderança de André. “No momento em que nós estamos diante de um presidente da República que valoriza e precisa do Congresso, e que nós temos um líder inédito, deveríamos nos unir para viabilizar o Canal de Xingó, por exemplo. Agora preferem ficar com picuinhas políticas que não levam a nada!”.

Seplog

O prefeito Edvaldo Nogueira divulgou, através das suas redes sociais, o nome de Augusto Fábio Oliveira como secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão. O anúncio ocorreu horas após uma reunião entre eles no gabinete do gestor municipal. Os secretários Carlos Cauê e Jefferson Passos também participaram do encontro. A posse do novo auxiliar deve ocorrer na próxima semana.

Olho nele!

Vale lembrar que Augusto Fábio foi exonerado da presidência do SergipePrevidência, ano passado, por ter se recusado a defender a aprovação do uso pelo Estado do Funprev (Fundo Previdenciário do Estado de Sergipe), regime financeiro de capitalização que engloba os servidores admitidos a partir de janeiro de 2008, para pagar o Finanprev (Fundo Financeiro Previdenciário de Sergipe), regime financeiro de repartição simples da contribuição previdenciária que engloba os servidores já existentes no Estado antes de 2008.

Não fará

Edvaldo Nogueira que coloque suas barbas de molho e já sabe: se precisar usar o dinheiro da Previdência dos servidores municipais, certamente não contará com o apoio e a aprovação de Augusto Fábio.

Maria do Carmo I

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) revelou que não há adesão. “O que há é somação de forças em favor de Sergipe e dos sergipanos”, afirmou. Maria disse que foi chamada pelo governador Jackson Barreto que lhe pediu apoio para as demandas do Estado em Brasília. “Como sou senadora da República, eleita para representar Sergipe na capital federal, é a minha obrigação contribuir com o Estado, independente de questiúnculas político-partidárias”.

Maria do Carmo II

A senadora falou JB pediu o seu apoio para ajudá-lo a viabilizar projetos e outras demandas do Estado em Brasília. “Assim, tenho feito. Aliás, sempre fiz em todos os meus mandatos. No Senado, o meu compromisso é com Sergipe e com o povo sergipano. Ajudei a todos os governos, independente de ser oposição ou situação”. Para ela, “quando estão em jogo os interesses de Sergipe, não há razão para não se somar”.

Com Edvaldo

A senadora disse, ainda, que continua à disposição do governador Jackson Barreto, assim como está do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, e de todos os demais 74 gestores sergipanos. “É só me procurar. O meu gabinete sempre esteve e estará sempre à disposição”.

Piada I

Com todo respeito que este colunista nutre pela senadora Maria do Carmo, esse discurso de que não aderiu ao governo de JB é frágil e não tem credibilidade alguma. Diante de sua explicação, um “gaiato” questionou: “e falta o quê para ela aderir? E precisa ela se unir a JB para trabalhar por Sergipe?”…

Piada II

Agora a avaliação deste colunista: se Maria do Carmo, sem aderir ao governo de Jackson Barreto, já é cotada para a vaga de vice-governadora na chapa majoritária em 2018, imagine quando ela aderir: o galeguinho Belivaldo Chagas (PMDB) que abra do olho…

Comitê

Segunda-feira (13), às 9 horas, na Assembleia Legislativa, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, a União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe (Umese), a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Sergipe (ADCE) e a Arquidiocese de Aracaju irão instalar o “Comitê Sergipano de Defesa dos Direitos Sociais”.

Zezinho do Bugio

O vereador de Aracaju, Zezinho do Bugio (PTB), conversou essa semana com a diretora da Escola Estadual Francisco Rosa, no bairro Bugio, para iniciar as tratativas no sentido que aquela unidade educacional promova o ensino integral para os alunos da comunidade. A conversa foi muito positiva e, se efetivada, será uma conquista da juventude do bairro.

Valadares I

O senador Valadares (PSB) minimizou a disputa pela Coordenação da bancada federal. “Para me entender com a população, com os ministros e trabalhar pelo Estado e o Brasil, eu sempre me apresentei como senador e não como coordenador”.

Valadares II

Sobre a polêmica de que perdeu a liderança, ele explicou dizendo que “é a primeira vez que se adota uma regra contrária ao princípio da proporcionalidade, deixando a representação do Senado em flagrante desvantagem. Rompe-se unilateralmente uma regra fundamental da Casa atingindo em cheio o direito de representação dos Estados, a dos senadores, conferindo à Câmara um peso político desproporcional em relação ao Senado”.

Valadares III

“Só não concordo com a fórmula de desmoralizar toda uma Comissão pra atender a um capricho político de um governador vingativo, perseguidor. Eu digo, sem ele ou com ele, devemos nos unir na busca do melhor pra esse povo sofrido, que, de boa-fé, é enganado todos os dias pela ação demagógica dos maus políticos”, conclui o senador.

Lagarto I

Nessa sexta-feira (10), o Juiz de direito 2ª Vara Cível de Lagarto, Edinaldo César Santos Junior, expediu decisão que determina que o ex-prefeito José Raimundo Ribeiro (Cabo Zé), que apresenta um programa ao vivo na rádio Eldorado FM 100,7, se retrate por ofensas feitas na emissora contra o atual prefeito Valmir Monteiro.

Lagarto II

A referida ação impetrada por Valmir se deu, devido, o jornalista “Cabo Zé” ter reprisado no dia 25 de Junho de 2016 que o atual prefeito, na época candidato ao cargo majoritário, teria cometido crime de “Estupro” a qual o mesmo já comprovou perante a justiça a sua inocência. Cabo Zé deve se retratar, até no máximo dia 18 de Fevereiro, devido, o Programa “Falando a Verdade” ser apresentado aos sábados das 11 ás 14hrs. Caso, o mesmo não cumpra a decisão o programa poder ser suspenso.

Luto

O deputado estadual Francisco Gualberto lamentou o falecimento do companheiro Abrahão Crispim de Souza. Durante 15 anos, Abrahão acompanhou o deputado nos seus mandatos na Assembleia Legislativa, chegando a exercer as funções de chefe de gabinete e assessor parlamentar. “É preciso reconhecer que foi um companheiro muito importante durante os nossos mandatos, e além disso teve uma militância histórica dentro do Partido dos Trabalhadores. Todos nós estamos muito tristes com esse acontecimento”, disse Gualberto, em tom de agradecimento.

Vitória do Futebol I

A Caixa Econômica Federal e a Federação Sergipana de Futebol (FSF) assinaram o maior contrato de patrocínio do futebol sergipano. O contrato tem valor de R$ 800 mil e foi viabilizado graças à iniciativa do senador Eduardo Amorim. “Em julho de 2016, recebi uma ligação do conselheiro Clóvis Barbosa e do senador Eduardo Amorim falando da possibilidade de termos este contrato de patrocínio com a Caixa. Ele foi o pioneiro”, lembrou o presidente da FSF, Milton Dantas.

Vitória do Futebol II

“A participação do senador Eduardo Amorim foi fundamental para que a Caixa celebrasse este acordo com a Federação Sergipana de Futebol. Ele teve a iniciativa, esteve com o presidente Gilberto Occhi e agora a Caixa também patrocina o futebol em Sergipe”, lembrou Ricardo Porto de Miranda, superintendente da Caixa em Sergipe, em exercício.  “Fico muito feliz em ter tomado esta iniciativa e ter contribuído com o futebol sergipano. Parabéns aos envolvidos”, comemorou Eduardo Amorim.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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