Nesta semana, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e a Companhia Independente de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado de Sergipe (CIPAm/PMSE) iniciaram as fiscalizações da oitava edição da Operação Mata Atlântica em Pé.
Em Sergipe, a operação engloba a fiscalização de 118 alvos, dos quais a Adema ficou responsável por 36 nesta primeira semana. As equipes estiveram em 13 municípios sergipanos: Arauá, Itaporanga, Indiaroba, Umbaúba, Cristinápolis, Capela, São Cristóvão, Aquidabã, Estância, Japoatã, Santo Amaro, Japaratuba e Maruim.
Realizada anualmente, a ação é coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), em articulação com os Ministérios Públicos dos 17 estados que possuem cobertura do bioma de Mata Atlântica, com o objetivo de identificar e fiscalizar alvos de denúncias de desmatamento do bioma, responsabilizando infratores e cessando atividades ilícitas. No território sergipano, a operação é uma atuação conjunta do Ministério Público de Sergipe, por meio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e de Proteção do Direito à Integridade do Sistema Climático, CIPAm, Adema e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O presidente da Adema, Carlos Anderson Pedreira, destacou a importância da atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores para coibir infrações e crimes ambientais. “É preciso que cada pessoa que tenha a intenção de realizar qualquer ação de desmatamento saiba que hoje existe um monitoramento realizado com o uso de tecnologias, que dificilmente permitirá que essa ação passe despercebida. É muito mais correto e vantajoso que a eventual supressão de vegetação seja feita de forma regular, com autorização ambiental, as devidas condicionantes e compensações estabelecidas. Basta procurar os órgãos ambientais responsáveis para receber as orientações necessárias”, ressaltou o presidente.
Segundo o gerente de fiscalização da Adema, Aloízio Franca, os alvos são estabelecidos por meio de alertas do MapBiomas. “Durante as fiscalizações, averiguamos as áreas identificadas como desmatamento apontadas por satélite na base do MapBiomas. Um levantamento prévio é realizado e após a vistoria in loco é feito o cruzamento de dados das imagens de drone com a sobreposição das imagens e informações coletadas em campo. Muitas vezes a área realmente desmatada é maior que a constante no alerta. Na próxima semana será feito esse trabalho minucioso de análise pelas nossas equipes, para posteriormente gerarmos os autos de notificação e infração para os responsáveis, que deverão também atuar na recuperação das áreas” , explicou Aloízio.
O MapBiomas é uma plataforma colaborativa que usa tecnologia de ponta para monitorar e mapear as mudanças na cobertura e uso da terra no Brasil com a participação de ONGs, universidades e empresas do ramo tecnológico, que se somam na criação de dados anuais sobre o território. A Adema integra o Comitê Técnico do MapBiomas Alerta, e utiliza amplamente os dados e informações georreferenciadas da plataforma para fins de fiscalização.
Foto: Mariana Carvalho