As 167 mulheres da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ribeirinhas do Povoado Saramém, no município de Brejo Grande, na região do Baixo São Francisco de Sergipe, organizaram um encontro no sábado de 9 de março, para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

A presidenta da associação, Tia Cida, afirmou que desde a consolidação da associação de marisqueiras e ribeirinhas, a vida das mulheres avançou em conquistas e empoderamento. Assim, à frente da Associação, a Tia Cida segue confiante em busca de autonomia e na luta por melhores condições de vida para as mulheres ribeirinhas.

“Temos o que comemorar sim! Nossa associação está mais conhecida, já completou dois anos de união e organização das mulheres. Neste ano, o Seguro Defeso saiu certinho e sem problema, e também não tivemos o corte do Bolsa Família, e este é um assunto que deixou muitas famílias ribeirinhas aflitas nos anos anteriores, mas neste ano os problemas foram resolvidos”, afirmou a Tia Cida, presidenta da Associação.

Apesar dos avanços na luta política, Tia Cida registrou a necessidade de avançar no debate ambiental, pois a salinização do Rio São Francisco mata peixes e dificulta a vida da população ribeirinha.

“A água continua salobra e nesta maré de março, tivemos um prejuízo muito grande, perdemos bastante peixe. Então precisamos resolver esse problema, porque a água salgada entra no rio e muito peixe morre. A família ribeirinha precisa garantir o seu sustento, então é urgente cuidar da questão ambiental e do Rio São Francisco”, alertou a Tia Cida.

Por: Iracema Corso