Aracaju, 29 de abril de 2024
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Carnaval Rebeldia denuncia privatização e clama por justiça social

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Marchinha de Carnaval alerta que a conta de água vai aumentar. Carnaval Rebeldia lança manifesto político contra guerras imperialistas e por igualdade social

Com a força da arte sergipana, o lançamento do Carnaval Rebeldia no último sábado, dia 27 de janeiro, foi um sucesso. O Maracatu Baque Mulher, o Afro Maria Tambô, o Maracatu Asè D’Ori, os Blocos Filhos e Filhas de Marx e Siri na Lata fizeram um desfile lindo demais pelas ruas do Bairro Cirurgia em Aracaju.

“A alegria é o melhor remédio contra todo esse ódio que está implantado na nossa sociedade brasileira. Por isso precisamos resistir na luta por um Sergipe melhor, com cultura, com certeza. O nosso povo tem sede de arte e essa é a forma que temos de nos unir e de nos fortalecer”, declarou a anciã, professora aposentada Maria José Filha, entusiasmada com a beleza da festa que reuniu públicos de todas as faixas etárias.

O Descidão dos Quilombolas veio para o Encontro Percussivo dos Blocos que saíram em cortejo pelas Ruas Permínio de Souza, Nossa Senhora das Dores, Estância e Gararu. O Samba Rebeldia Feminista esticou a festa na porta da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) unindo cultura popular e debate político.

Logo no começo da festa, aconteceu o lançamento do Manifesto Carnaval Rebeldia (acesse o link e confira o manifesto). As organizações que assinaram o manifesto declararam que no atual estágio do desenvolvimento humano e tecnológico, há condições de garantir uma vida digna ao conjunto da humanidade, no entanto, falta vontade política. Assim, o capitalismo avança aumentando a desigualdade social, destruindo o planeta Terra, potencializando guerras imperialistas.

Em meio a toda essa dor e sofrimento, o Carnaval Rebeldia fez o questionamento das estruturas sociais que reproduzem injustiças. Pela superação das relações de exploração, pela construção coletiva da igualdade e liberdade, vários coletivos de artistas ocuparam as ruas do Bairro Cirurgia levando o recado de protesto criticando o projeto de privatização da água defendido pelo governador Fábio Mitidieri e que só vai se concretizar com o consentimento do prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira.

Água é um bem essencial para a vida e não pode ser tratada como mercadoria, por isso o Carnaval Rebeldia lançou uma marchinha para denunciar a gravidade dos problemas que serão gerados pela privatização:

“A água vai ficar mais cara

Concessão É Privatização!

Edvaldo e Fábio vivem

Enrolando a população! (x2)

Nossa vida já tá tão difícil

Imagina sem Água (Jão!)

Empresário quer só o Lucro

A conta é paga por todo povão

Água é bem comum

Privatizar só traz desgraça

Vamos nos unir e Lutar por nossa água”

Acesse as redes sociais da CUT Sergipe para ouvir a marchinha de Carnaval e ver mais fotos e vídeos do Carnaval Rebeldia.

Foto assessoria

Por Iracema Corso

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