Aracaju, 1 de agosto de 2025
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CUT cria o Coletivo de Economia Solidária do estado de Sergipe

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O Encontro da Economia Solidária da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) reuniu quinta e sexta, 24 e 25 de julho, em seu auditório, pescadoras, ribeirinhas do Baixo São Francisco, artesãos e trabalhadoras rurais e da agricultura familiar.

‘Os Projetos da Economia Solidária como Política de Inclusão Social’ foi o tema do encontro que teve como palestrantes: Admirson Medeiros Ferro Jr. (Greg), secretário nacional da Economia Solidária da CUT, Lúcia Maria Silveira de Queiroz, dirigente da CUT Ceará e coordenadora da Escola Nordeste da CUT, Irene Smith da Associação Bom Pastor, Alex Férdele do Centro Dom José Brandão de Castro, Quitéria Santos, diretora da CUT Sergipe e presidenta do SINDOMÉSTICA/SE e Zilda Maria Alves Sousa, da Associação de Mulheres e Homens Pescadores do Povoado Serrão – Ilha das Flores Nossa Senhora Aparecida. No fim do Encontro foi criado o Coletivo da Economia Solidária da CUT-SE.

Em sua palestra, o companheiro Greg destacou a importância de parcerias com a academia e o conhecimento da Lei Paul Singer, além da legislação referente às organizações da sociedade civil.

Greg apresentou a economia criativa, a economia circular, a economia de impacto social e ambiental efetivo e a economia verde, a exemplo do reflorestamento e de projetos agroecológicos em assentamentos rurais.

“Essas economias sem a Economia Solidária se tornam vulneráveis ao neoliberalismo exploratório. Vivemos num momento muito destrutivo no que se refere aos direitos conquistados no mercado de trabalho. Foram criadas novas formas de exploração do trabalho, temos uma informalidade imensa, uma pejotização imensa e várias formas de contratação temporária. Além do individualismo sem solidariedade nenhuma”, declarou o companheiro Greg que também tem acento no Conselho Nacional de Direitos Humanos onde coordena a Comissão de Direito à Liberdade de Expressão.

Com muitos anos de atuação no setor da Economia Solidária, a companheira Lúcia Maria se colocou à disposição para compartilhar sua experiência. “Eu acredito nessa forma de organização da economia solidária. É um público predominantemente formado por mulheres. É algo que para mim é apaixonante, eu faço porque eu gosto. As cooperativas e associações também são formadas por trabalhadores”, afirmou Lúcia Maria.

Alex Férdele do Centro Dom José Brandão de Castro focou sua apresentação no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil.

A companheira Irene Smith da Associação Bom Pastor abordou o tema ‘A produção de projetos para concorrer aos editais que financiam a Economia Solidária no Brasil e em Sergipe’.

No segundo dia do encontro, as companheiras Quitéria Santos e Zilda Maria Alves compartilharam suas experiências sobre a temática ‘A Execução e Prestação de Contas dos Projetos da Economia Solidária’.

Eleita delegada por Sergipe para participar da Conferência Nacional de Economia Solidária, a secretária de Saúde do Trabalhador e coordenadora da Economia Solidária da CUT-SE, Maria do Carmo (STTR São Cristóvão) afirmou que partilhar conhecimentos é um ato solidário e muito necessário para que o trabalhador não fique perdido, isolado, desinformado.

“É preciso criar caminhos. É um desafio para a CUT-SE dar o suporte necessário para uma economia solidária que vá além das feiras e que conquiste sim melhoria na qualidade de vida; melhoria na produção; na comercialização e na consolidação de mercado para o produto da economia solidária”, declarou Maria do Carmo.

O presidente da CUT Sergipe afirmou que este foi o primeiro de muitos encontros que a central vai realizar sobre a temática da Economia Solidária.

“Vimos a necessidade de organizar este encontro, e a nossa proposta é que ele não se encerre aqui. Vamos trabalhar juntos e tudo o que se faz coletivamente é um acerto, porque mesmo quando a gente erra, este erro é aprendizado. Para partilhar conhecimento, trouxemos companheiros com experiência acumulada de anos de acompanhamento dos editais da economia solidária”, disse Roberto Silva.

Texto e foto Iracema Corso

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