Aracaju, 5 de abril de 2025
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Deso orienta sobre cuidados na escolha de mananciais para captação

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Para realizar a captação de água de um manancial, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) faz uma série de estudos, levando em consideração a quantidade e a qualidade da água fornecida pela fonte de recurso hídrico, que pode ser de superfície, como rios e lagos, ou subterrâneos, como os poços. Nesse contexto, são avaliadas a constância da vazão e as características da água por meio do índice de contaminação. Para isso, a equipe da empresa realiza a coleta da água bruta e tratada, esta última em diversos pontos, como após passar pela Estação de Tratamento de Água (ETA), nas residências e nas pontas de rede.

A localização do manancial também é um fator preponderante na definição do investimento a ser realizado para coletar a água de um determinado rio, tendo em vista o custo operacional. Contudo, em caso de todas as demais variantes estarem de acordo, a Deso realiza a operação de captação naquela bacia. “Todo investimento em abastecimento precisa ser compensatório. É necessário que esse manancial produza água em quantidade e qualidade por um certo tempo”, frisou o coordenador de Preservação de Mananciais e Segurança de Barragens da Deso, Luiz Carlos Souza Silva.

Segundo ele, é preciso fazer inicialmente um levantamento para saber se aquele manancial, seja ele superficial ou subterrâneo, atende a essas necessidades de quantidade e qualidade por um tempo longo; do contrário, não vale a pena todo o investimento que deverá ser feito.

Tratamento

Para cada manancial, existe um tipo de tratamento de água, ou seja, cada fonte de recurso hídrico tem suas especificações devido a proximidade com áreas urbanas, o tipo de solo, a vegetação que o margeia. Logo, o tipo de estação de tratamento a ser instalada para tratar aquela água depende da análise de diversos componentes, seguindo as Normas de Potabilidade da Organização da Saúde.

“Se eu tenho um manancial de superfície, em que a população de alguma forma contamina a água, é preciso um tratamento específico para isso, porém, em uma água com índice de salubridade elevada, eu preciso de outro tipo de tratamento para remover esse sal, assim como uma água com índice de ferro elevado, como é o caso de Pirambu, então é preciso uma estação de tratamento adequada para remover o ferro”, explicou Luiz Carlos.

Análise

Para realizar a análise da água, a equipe da Deso efetua a coleta para que a amostra seja encaminhada ao laboratório da Gerência de Controle e Vigilância da Qualidade (GCVQ), que por sua vez faz um estudo físico-químico, como: cor, turbidez, dureza, DQO, DBO, análise de cromatografia de cátions, ânions, agrotóxicos, e o bacteriológico, segundo as normativas da Organização Mundial da Saúde e a Portaria do Ministério da Saúde GM/MS 888/2021. Somente após o parecer técnico, a Diretoria de Operação e Manutenção (DOM) e a Diretoria de Meio Ambiente e Expansão (DMAE) definem o tipo de Estação de Tratamento de Água (ETA) a ser implantada.

De acordo com o químico industrial da Deso, Douglas da Cruz Santos, a companhia realiza o controle de qualidade fundamental como parâmetro para os investimentos da empresa. “Realizamos as análises e através de um relatório técnico, que acompanha um parecer técnico, fornecemos as informações que nortearão a decisão da empresa em qual tipo de ETA deve ser investida. O laboratório tem esse papel, de garantir o controle de qualidade”, afirmou.

Foto: Ascom Deso

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