Aracaju, 8 de maio de 2024
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Equipe da Sergas visita produção independente de biogás

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A produção de biogás da Granja Haacke gira em torno de 2.000 m³ por dia

Dando continuidade às reuniões e visitas aos órgãos e propriedades que pesquisam e produzem biogás, o diretor presidente da Sergas, José Matos, visitou no final do mês de março, um projeto de geração de biogás e biometano, localizado no oeste paranaense, no município de Santa Helena. É um dos projetos mais representativos desse tipo de tecnologia. Trata-se da Granja Haacke, da família que dá nome à propriedade. Fato raro para a região, visto que a granja e as outras propriedades do grupo empresarial são independentes. O mais comum é o associativismo através de cooperativas.

O diretor presidente da Sergas informa que esse tipo de tecnologia pode ser adaptado em qualquer localidade onde o volume de biomassa possa ser aproveitado. “Atualmente, muita gente está falando sobre energia sustentável, porém conhecer e vivenciar de perto todo o processo de produção das variadas fontes de biomassas geradoras de energia sustentável, é que pode conduzir a um desenvolvimento tecnológico, econômico e sem potencial poluente. O uso do biogás da fermentação de resíduos orgânicos proporciona inúmeras vantagens econômicas e ambientais, podendo gerar calor e energia como uma fonte de energia confiável para alimentar seus negócios hoje e no futuro”, afirmou Matos.

Segundo o engenheiro ambiental, Luiz Thiago Lúcio, o que ocasionou  a criação desse projeto foi a necessidade do tratamento dos resíduos do gado e da avicultura de postura de sistema intensivo. Só nesta unidade, existem 84 mil aves. Somando as outras unidades do grupo, chega a um total de 200 mil aves.

O objetivo do projeto da Granja Haacke, inicialmente, por volta de 2013, era apenas o tratamento de dejetos com finalidade ambiental. A partir de 2015 e 2016, foi instalado um gerador a biogás para atuar como gerador de energia de emergência e, aos poucos, foi-se implementando o projeto para tratamento do gás para ser utilizado como biometano, para servir como combustível para veículos da propriedade. O gerador, que atuava apenas para gerar energia em situações de emergência, passou a fazer parte do sistema da geração de energia distribuída e, hoje, atende a toda a demanda de energia da propriedade, gerando uma enorme economia. Tal fato representou a auto sustentabilidade dos projetos implementados. Com a geração de energia para atender a demanda da propriedade em 2018, foi  implantada uma fábrica de bandejas de ovos, vindo a seguir em 2022 a construção de um silo na propriedade da granja que trabalha apenas na secagem de grãos com biogás”, explicou Luiz Tiago.

O engenheiro ainda afirmou que “todos os biofertilizantes produzidos a partir dessa unidade, são utilizados nas áreas de pastagens e de lavouras nas outras propriedades do grupo da granja Haacke. Já a fração sólida do processo de tratamento de resíduos que sobra, é vendida como composto orgânico para empresas do setor de produção de adubos. Então é um ciclo completo”.

Esse processo é altamente eficiente para a geração de energia e calor, combinado no local do biogás. É um modo de eliminação alternativo para o esterco, adubo líquido e resíduos biológicos, aproveitando simultaneamente a energia, um valioso substituto dos combustíveis convencionais. Também tem um alto potencial de redução de gases estufa. Já o substrato restante é utilizado como fertilizante agrícola de alta qualidade, caracterizado por seu ácido neutralizado, maior valor de pH, nutrientes retidos e ausência de odor.

Foto assessoria

Por José Castilho

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