A fé e a devoção dos sergipanos à Nossa Senhora Aparecida, manifestadas desde 1950 na procissão do dia 12 de outubro, está prestes a ser reconhecida patrimônio do Brasil.
A iniciativa é do deputado federal Nitinho Vitale (PSD-SE), que apresentou, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 2506/2025, que propõe reconhecer a Procissão de Nossa Senhora Aparecida, realizada anualmente no estado de Sergipe, como Patrimônio Cultural e Histórico do Brasil .
Tradição e fé – A Procissão de Nossa Senhora Aparecida é uma das manifestações religiosas mais significativas de Sergipe, ocorrendo todo dia 12 de outubro, data dedicada à padroeira do Brasil.
“Desde a década de 1950, a celebração reúne milhares de fiéis em atos de fé e devoção”, defende Nitinho.
Em Aracaju, capital do estado, o evento atrai mais de 100 mil pessoas, segundo estimativas da Arquidiocese.
O deputado ressalta que a tradição também se estende a outras cidades sergipanas, como Nossa Senhora do Socorro, Estância, Lagarto e Itabaiana, fortalecendo os laços de identidade regional e religiosidade popular.
Na justificativa do projeto, o deputado Nitinho Vitale destaca que a procissão é acompanhada por missas campais, apresentações culturais, cânticos religiosos e procissões marítimas e terrestres, sendo uma expressão viva do patrimônio imaterial do estado. A devoção à Nossa Senhora Aparecida une comunidades urbanas e rurais, promovendo uma vivência de fé coletiva que atravessa gerações. O reconhecimento como Patrimônio Cultural e Histórico do Brasil visa valorizar a religiosidade popular e a identidade cultural do povo sergipano, além de garantir a preservação e continuidade dessa manifestação.
Trâmite legislativo – O Projeto de Lei nº 2506/2025 foi apresentado em 23 de maio de 2025 e aguarda análise nas comissões pertinentes da Câmara dos Deputados.
“Se aprovado, o reconhecimento nacional poderá fortalecer a proteção e valorização dessa importante tradição religiosa de Sergipe”, destaca o autor.
Por Eliz Moura